A China anunciou hoje (4) um novo acordo para a compra de 140 aeronaves da Airbus avaliado em US $17 bilhões. O acordo bilionário é o segundo somente em 2022, quando o país asiático anunciou em julho, um pedido expressivo com mais de 292 aeronaves avaliado em US $73 bilhões.

Segundo a Reuters, pedido envolve 132 aeronaves Airbus A320neo e outras 8 para o A350, assinado durante a visita do Chanceler federal da Alemanha Olaf Scholz na China, sendo a primeira visita de um líder do G7 desde o início da pandemia.  

Com o novo pedido, a Airbus avança em um dos mercados mais importantes para a indústria da aviação, ainda mais na competição contra a Boeing, que enfrentou grandes problemas com o 737 MAX na China. 

Além disso, a Boeing recentemente teve de encontrar outros clientes interessados em adquirir unidades do Boeing 737 MAX que estavam parados na fábrica de Seattle, sendo que estas aeronaves foram adquiridas por operadores chineses. 

Três anos depois, a China enfim voltou a ter um Boeing 737 MAX transportando passageiros no país desde a suspensão das operações com o modelo aplicada em 2019 após os dois acidentes fatais, ainda assim, será um mercado que dificilmente a Boeing será dominante, pelo fato da investida da Airbus e da COMAC. 

A China foi o primeiro grande mercado do modelo a suspender as operações após os acidentes, e somente ao final de 2021 a Autoridade de Aviação Civil da China (CAAC) deu sinal verde para que o 737 MAX voltasse a voar no país, porém ainda não havia nenhum voo operado e a certificação não prosseguiu.

Com informações: Reuters