Citigroup questiona valor gasto na manutenção de aeronaves da GOL

Nesta semana o Citigroup, famoso pelos braços de investimentos e pelo Citibank, questionou o valor declarado pela GOL com a manutenção de cada aeronave, alegando que há disparidades em comparação com companhias aéreas do mesmo porte.

De acordo com o banco, a GOL reportou um custo de manutenção por avião de US$ 252.000. Uma comparação foi realizada com outras companhias de frota única, como a Copa, que gasta cerca US$ 333.000 por avião, e a Low Cost Ryanair, que gasta US$ 361.000 por avião.

Os valores acima são válidos para os últimos oito trimestres, e se referem à despesa anual da companhia com a manutenção de cada avião, em média.

Na mesma nota o banco também reforçou que comparado com as duas companhias citadas, Copa e Ryanair, a GOL tem a frota com maior idade média. Sua frota tem idade média de 9,2 anos de uso, enquanto a Copa tem 7,2 anos e a Ryanair 6,8 anos.

Além disso o banco ressaltou inconsistências nos números operacionais da empresa, como no fluxo de caixa das operações.

Devido a esses pontos o banco rebaixou a nota de investimento da GOL, para neutra, citando a contabilidade diferenciada em comparação com outras companhias aéreas.

 

 

Em nota a companhia aérea disse:

“A companhia elabora suas demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS), sendo submetidas à auditoria externa independente e órgãos reguladores de mercado. As grandes manutenções dos principais componentes das aeronaves, inclusive motores, têm seus gastos capitalizados de acordo com o IAS 16 (CPC 27). Os outros gastos com manutenção incorridos são reconhecidos diretamente no resultado, na rubrica de Material de Manutenção e Reparo. As informações referentes às práticas contábeis seguidas pela companhia, os valores de depreciação relativos a gastos capitalizados e o total de outros gastos de manutenção e reparo, constam nas demonstrações financeiras da companhia, relativas ao exercício de 2017, divulgadas ao mercado em 07 de março de 2018.”

 

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