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Co-fundador da GOL fará delação premiada em esquema de propina

GOL

No dia 25 de fevereiro o co-fundador da GOL Linhas Aéreas, Henrique Constantino, assinou um acordo de delação premiada, que foi homologado pelo juiz Vallisney de Oliveira. Toda a delação será realizada com o Ministério Público Federal (MPF).

As primeiras informações foram repassadas somente na tarde desta segunda-feira (13/05), e engloba crimes de pagamento de propina para políticos, realizados em 2012, em troca de favores e financiamentos de alto valor na Caixa Econômica Federal.

O empréstimo para o Grupo Constantino foi realizado pela Caixa, através de uma linha de crédito baseada no fundo de investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS), o valor total tomado pelo grupo foi de R$ 300 milhões, na época. Além disso, uma subsidiária do grupo, a Oeste Sul Empreendimentos Imobiliários, solicitou um empréstimo de R$ 50 milhões.

Todos esses dois empréstimos foram realizados através do esquema de facilitação política, resultado do pagamento de propina. Os deputados Eduardo Cunha (MDB-RJ) e Henrique Eduardo Alves (MDB-RN) estão envolvidos neste caso, além disso, também há envolvimento do ex-presidente Michel Temer. Eles solicitaram o pagamento de R$ 10 milhões em propina para liberar empréstimos na Caixa às empresas do Grupo Constantino.

Apesar de Henrique Constatino, que se comprometeu a pagar uma reparação de R$ 70,7 milhões, não fazer parte da diretoria de nenhuma empresa ligada à GOL, outros integrantes da família Constantino, e que têm cargos no Grupo Constantino, exercem cargos executivos na GOL.

O parte do pagamento da propina foi realizado através da ABEAR, em valores direcionados para os políticos Romero Jucá, o ex-deputado Vicente Cândido, o senado Ciro Nogueira, Marco Maia, Edinho Araújo, Otávio Leite e Bruno Araújo. Boa parte dos políticos envolvidos são do PMDB (atualmente MDB), de partidos do chamado “centrão” e do PT (Partido dos Trabalhadores).

Lúcio Funaro, operador do esquema, foi o responsável por repassar R$ 7,07 milhões para os políticos, através de uma solicitação de Henrique Constantino.

O Fundo de Investimento em Participações Volluto, da família Constantino, tem 23,38% da GOL Linhas Aéreas, através de ações ordinárias.

Essa informação resultou em uma brusca queda nas ações da GOL Linhas Aéreas, de 7,02% nesta segunda-feira, que já sofria a influência de uma nova proposta de leilão dos ativos da Avianca Brasil, apresentada pela concorrente Azul Linhas Aéreas.

 

Fontes de apoio – O Globo e Estadão

 

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Aeroflap

Autor: Aeroflap

Categorias: Companhias Aéreas, Notícias

Tags: GOL