Advertisement

Colômbia divulga relatório final sobre acidente com avião que transportava time da Chapecoense

Acidente Avião da LaMia Chapecoense CP2933 Rionegro

A ACC (Aeronáutica Civil da Colômbia) publicou hoje o relatório final sobre o acidente com o avião da LaMia em Medellín, na Colômbia, conhecido também como o acidente com o avião da Chapecoense, visto que o time alugou o veículo para transportar os seus jogadores e convidados para um jogo.

Como esperado e afirmado ainda em 2016, a ACC afirmou que o acidente foi causado por uma pane seca, que nos termos da aviação significa falta de combustível.

O órgão de segurança ainda disse que os pilotos sabiam das condições da aeronave 40 minutos antes da queda, através de uma análise dos áudios da cabine de comando e dos avisos que receberam antes da queda. Esse tempo foi suficiente para o piloto decidir seguir o voo para Medellín, ao invés de pousar em Bogotá, na capital da Colômbia para um reabastecimento.

A ACC ressaltou que a aeronave precisaria ter uma reserva de combustível que permitisse voar para dois aeroportos de alternativa, e ainda suportar mais 45 minutos no ar. A aeronave utilizada, um BAe 146, deveria ter capacidade de 11603 quilos de combustível, mas só estava abastecida com 9300 quilos, de acordo com dados do despacho de voo.

Essa capacidade informada pela ACC alinha com o tamanho máximo do tanque de combustível para a versão sem opcional de tanque extra.

A aeronave RJ85, matrícula CP2933, da empresa aérea LaMia, fez um pouso forçado perto da cidade de La Ceja, após declarar estado de emergência por falha técnica, e perder contato com a torre de controle às 22h (local). O avião caiu em um local de difícil acesso e perto do Aeroporto José Maria Córdova, em Rionegro, perto de Medellín, enquanto seguia para pouso.

Como recomendação a Aeronáutica Civil da Colômbia incorporou novos avisos que alertam para as recomendações de segurança, além de revisar as operações de voos internacionais para evitar esse tipo de problema, visto que o avião saiu da Bolívia sem enviar o plano de voo para a ACC.

O órgão ainda afirmou que uma funcionária do Aeroporto de Santa Cruz, na Bolívia, contestou o despachante de voo sobre a autonomia máxima do avião, no limite para cumprir essa rota.

Os investigadores destacaram que quase todas as operações da companhia eram com base nessa prática, de não operar com reserva de combustível de acordo com o regulamento.

Os funcionários da Torre de Controle na Colômbia receberam um pedido de PRIORIDADE para pouso inicialmente por problemas com combustível. Os pilotos não pediram emergência em nenhum momento, e ficaram orbitando durante alguns minutos.

O pedido de emergência na aviação resulta em uma investigação após o caso, para apurar os fatos. Veja o diálogo dos pilotos abaixo:

Piloto da LaMia: “Solicitamos prioridade para proceder, solicitamos prioridade para proceder ao localizador, temos problemas de combustível”

Torre do Aeroporto: “Temos um problema. Temos um avião aterrissando em emergência. Não pode proceder.”

Instantes depois, o piloto da LaMia disse: “Mayday! Mayday! Agora temos uma falha elétrica, temos uma falha elétrica total.”

A torre de controle deu os últimos comandos para o pouso do RJ85 no aeroporto.

Logo após esse último comunicado o RJ85 da LaMia perdeu o contato com a torre de controle do aeroporto com 77 pessoas a bordo. Houveram 71 óbitos e 6 sobreviventes.

 

 

Quer receber nossas notícias em primeira mão? Clique Aqui e faça parte do nosso Grupo no Whatsapp ou Telegram.