Com ameaça de invasão russa, Ucrânia declara espaço aéreo como inadequado para voos comerciais

Aeroporto Airport Boryspil Ucrânia
Aeroporto Boryspil, localizado em Kiev.

Agências de gerenciamento de risco da aviação informaram nesta noite de quarta-feira (23/02) para várias companhias aéreas, que a Ucrânia está sendo incluída em uma lista de risco de voar, a “Não Voe”, pela ameaça de guerra iminente.

As autoridades de aviação ucranianas também declararam alguns espaços aéreos no leste como “áreas de perigo”. A decisão foi tomada, de acordo com o governo local, pelas tentativas das autoridades de aviação russas de assumir o controle do espaço aéreo da Ucrânia.

Alguns poucos voos de repatriação estão ocorrendo nesta madrugada, basicamente pelas companhias ucranianas Sky Up e Azur Air, que ainda mantêm algumas operações.

Reconhecendo a área de Donbass como independente desde segunda-feira (21), a Rússia proibiu o tráfego aéreo civil no espaço aéreo sobre o leste da Ucrânia. A Ucrânia, em retaliação, proibiu o sobrevoo de aviões da Bielorrússia no seu espaço aéreo.

Aeronave da Belavia, aérea de bandeira da Bielorrússia, está contornando pela Rússia para cumprir seu voo nesta madrugada.

Na noite desta quarta-feira (23) o Governo Ucraniano fechou aeroportos no leste do país, fora da área de domínio dos separatistas, durante a madrugada (de 00h00 até 07h00), para evitar problemas de segurança com voos comerciais. Tratores e tanques foram colocados nas pistas com finalidade de tentar impedir o pouso de aeronaves da Rússia.

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Nas últimas semanas poucas companhias estavam optando por utilizar o espaço aéreo da Ucrânia, e muitas alteravam a rota para se desviar do país. Ainda nesta semana aéreas como Air Baltic e Air France suspenderam seus voos para a Ucrânia, antes a KLM e Lufthansa suspenderam seus voos para Kiev, como uma medida de segurança.

Na noite desta quarta-feira (23) a Ucrânia realizou uma reunião de emergência com o Conselho de Segurança da ONU. O presidente ucraniano justificou a solicitação da reunião urgente, dois dias após outra ser realizada, como uma ameaça iminente de invasão da Rússia no leste da Ucrânia.

O Governo Ucraniano quer deixar claro, com provável apoio da ONU, que a Rússia está violando um acordo realizado em 2015, destinado a restaurar a paz no leste da Ucrânia. Consequentemente, mais sanções podem ser implementadas novamente.

 

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