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Com grande prejuízo líquido no trimestre, Avianca Holdings aponta remota possibilidade de falência

Avianca Boeing 787

A Avianca Holdings está em um intenso período de recuperação financeira, para tentar amenizar uma extensa transformação no mercado.

O resultado das mudanças não chegaram até o momento, e a empresa reportou um prejuízo líquido de US$ 475,94 milhões no primeiro semestre de 2019, o grande responsável por esse dado foi o 2º trimestre, onde a companhia teve um prejuízo líquido de US$ 408,028 milhões, praticamente o valor do empréstimo concedido pela United Airlines no final de 2018.

A companhia também está perdendo receita ao longo do tempo, com US$ 1,1 bilhão de receita operacional no segundo trimestre, uma queda de 6,9% em relação ao mesmo período de 2018.

O prejuízo operacional foi de 36 milhões de dólares, mas a companhia apresentou um lucro antes de juros, impostos, desvalorização e amortizações de US$ 116,4 milhões, esse dado também é chamado de EBITDA.

A companhia também admitiu em seus resultados uma “remota possibilidade de falência”. A Avianca Holdings ainda negocia com seus credores, e mantém o pagamento do leasing de aeronaves suspensos durante a recuperação judicial.

“não podemos garantir que teremos sucesso na negociação com qualquer um desses credores ou outras contrapartes ou que eles não irão acelerar nenhuma ou todas as dívidas ou obrigações de pagamento, nem exercerão os recursos de credores com relação a eles, incluindo, no caso de dívida garantida, arrendamento de aeronaves ou outras obrigações, embargos de aeronaves ou execução de outras garantias, e em qualquer caso de reorganização, falência ou insolvência”, disse a empresa em nota oficial aos investidores.

Pelo menos a companhia tem um bom resultado na parte operacional, a taxa de ocupação de 82,3%, e a diminuição do custo por assento-quilômetro oferecido em 6,7%. A quantidade de passageiros-por-quilômetro-voado aumentou em 4,1%.

A companhia agora disponibiliza 24 aviões para venda à outras companhias aéreas, eles foram retirados da frota recentemente. São 10 aviões do modelo Airbus A318, 4 do modelo A320 e mais 10 aviões Embraer E190, derivados da fusão com a TACA. Essas aeronaves servirão para formar um caixa na companhia aérea, mas primeiro os diretores precisam conseguir compradores para essas aeronaves, principalmente para os A318.

A Avianca Holdings já conseguiu vender 13 aviões Cessna 208 e duas aeronaves ATR42 para as companhias aéreas Sansa e La Costeña, além de 14 aeronaves A320 para a empresa norte-americana Fortress Transportation e Infrastructure Investors LLC.

“Nossa prioridade é ter melhores resultados. Durante este trimestre, tomamos decisões difíceis, mas estamos convencidos de que elas são essenciais para mudar a direção da empresa, torná-la competitiva, lucrativa e com os melhores padrões de serviço”, disse Anko van der Werff, novo presidente da Avianca Holdings, que entrou na empresa há poucos meses.

 

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Pedro Viana

Autor: Pedro Viana

Engenharia Aerospacial - Editor de foto e vídeo - Fotógrafo - Aeroflap

Categorias: Companhias Aéreas, Notícias

Tags: avianca, financeiro