Comando Aéreo da OTAN mantém mais de 30 aeronaves em patrulha simultânea na Europa Oriental

OTAN Rafale França
Foto: OTAN

O Comando Aéreo Aliado da OTAN tem patrulhado os céus do Leste Europeu com mais de 30 aeronaves no ar a qualquer hora. A ação faz parte do reforço das posições da aliança militar em face ao conflito entre Rússia e Ucrânia.

A OTAN já vinha aumentando sua presença e prontidão naquela região, antes mesmo do início das hostilidades em fevereiro deste ano. Uma série de caças, helicópteros, plataformas não tripuladas, aeronaves de inteligência e reconhecimento estão presentes nas fronteiras orientais da aliança, ao lado de soldados e blindados. 

Um infográfico divulgado pelo Comando Aéreo da detalhes de como são realizadas as patrulhas e quais as aeronaves envolvidas. 

Infográfico: OTAN.

No ar, o Comando Aéreo Aliado comanda e emprega aeronaves militares das nações e da própria OTAN para executar atividades de vigilância aprimoradas. Além dos aviões, uma série de baterias antiaéreas Patriot também foram deslocadas. 

“As forças aéreas da OTAN reforçaram sua presença na parte oriental da Aliança, ajudando a proteger a OTAN contra qualquer agressão. Várias dezenas de caças estão em alerta a qualquer momento para responder a possíveis violações do espaço aéreo e impedir agressões”, disse o Major-General Jörg Lebert, Chefe do Estado Maior do Quartel-General do Comando Aéreo Aliado.

“O Comando Aéreo Aliado integra os caças das forças aéreas aliadas, aeronaves de reabastecimento e transporte ar-ar, bem como as plataformas de alerta e controle aéreo aliados e da OTAN nos arranjos permanentes para proteger os céus acima dos Aliados. Esses ativos permitem A OTAN para patrulhar o espaço aéreo aliado e ter consciência situacional 24 horas por dia, 7 dias por semana, acima da OTAN e território adjacente”, acrescentou.

Os caças decolam de suas bases permanentes, bases avançadas ou porta-aviões, voando em missões de Patrulha Aérea ao longo do flanco leste da Aliança.

F-35A Itália Islândia OTAN

OTAN/Divulgação.

Um Componente Aéreo da Força Conjunta (JFAC) foi montado no Comando Aéreo Aliado para planejar, executar tarefas e controlar as aeronaves aliadas que realizam atividades de vigilância aprimoradas.
 
Ambos os Centros de Operações Aéreas Combinadas em Uedem, na Alemanha, e Torrejón, na Espanha, e o Centro de Comando e Controle Implantável em Poggio Renatico, na Itália, enviaram pessoal para aumentar o JFAC para a missão.
 
Gripen amraam sidewinder hungria

Um par de caças JAS-39C da Hungria armados com mísseis AIM-9 Sidewinder e AIM-120 AMRAAM. Foto: OTAN – Comando Aéreo Aliado.

“A vigilância reforçada da OTAN é uma declaração poderosa de determinação e coesão da Aliança sob o guarda-chuva do conceito de Dissuasão e Defesa da Área Euro-Atlântica”, disse o Major General Lebert. 

“Estas atividades são medidas prudentes e defensivas que aumentam a nossa prontidão, sustentam os objetivos de prevenção de guerra da Aliança e demonstram claramente o nosso compromisso de proteger cada centímetro do território da OTAN de todos os nossos Aliados”, concluiu Lebert.

O Mirage 2000 francês operando a partir da Base Aérea de Amari, na Estônia, decola em resposta a aeronaves russas perto do espaço aéreo aliado. Foto: Força Aérea Francesa/OTAN.

Uma das respostas à situação foi a implementação do Policiamento Aéreo Aprimorado (eAP), onde caças dos países membros tem patrulhado a região constantemente. O eAP se soma às missões de policiamento aéreo no Báltico e na Islândia, onde o encontro com aeronaves militares russas é constante. 

Via Comando Aéreo Aliado.

 

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Estudante de Jornalismo na UFRGS, spotter e entusiasta de aviação militar.