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Come Fly With Me: Pan Am ascensão e queda

pan_am_logo-svgNesta primeira parte do especial iremos citar como era a Pan Am entre o ano de sua fundação até 1955, quando o mundo dava os primeiros passos na aviação a jato e como isso influenciou os serviços da empresa.

 

(Como sugestão de maior “aproveitamento” desse artigo sugerimos a música “Come Fly With Me” de Frank Sinatra como trilha sonora)

 

Pioneira na aviação norte-americana e mundial, a Pan American World Airways foi a companhia aérea mais conhecida no mundo por diversos fatores, alguns deles nunca vistos anteriormente, como o uso em larga escala dos aviões a jato, criação do conceito de classe econômica, forte influência na criação do Boeing 747, dentre outros registros inovadores.

Umas das aeronaves da pioneira.
Primeiro voo da empresa entre Key West e Havana em 28 de outubro de 1927

Fundada por Juan Terry Trippe e alguns amigos em 14 de março de 1927, em Nova York, a Pan Am começou sem nenhuma aeronave, no entanto graças a uma arrecadação de 5 milhões de dólares e alguns contatos da elite política norte-americana, a mesma começou suas operações focada no mercado internacional de transporte de correios.

Por volta de 1929 suas aeronaves, todas hidroaviões, já voavam entre Nova York e Mar Del Plata (Argentina), no entanto seu fundador achava que as coisas não deveriam parar por aí e almejava mais para sua empresa, ele queria inovar e atravessar o pacífico, no entanto nenhum avião da época tinha alcance para isso.

Juan Terry Trippe fundador da Pan Am.
Juan Terry Trippe fundador da Pan Am

Trippe descobriu em 1935 a Ilha de Wake, isolada no Pacífico e próximo ao Havai, destino onde ele queria chegar, isso era perfeito! A partir daí as coisas começaram a fluir mais ainda, Trippe mandou terraplanar, construiu hotéis para seus passageiros e tripulação, já que seus voos chegavam a durar dias e nenhuma aeronave tinham alcance para fazer um voo direto cruzando o pacífico.  

 

Poster de divulgação das rotas para América do Sul da empresa com o Boeing 314.
Poster de divulgação das rotas para América do Sul da empresa com o Boeing 314

Em 1939 era introduzido na empresa e em suas rotas o icônico Boeing 314 Clipper, uma espécie de Jumbo da época, que já contava com uma configuração luxuosa como: Quarto de vestir para homens e mulheres; Lounge e área de jantar personalizada; Além de restaurantes com cozinheiros de quatro estrelas.

A Pan Am foi uma das primeiras que introduziu o Boeing 307 na frota, essa aeronave em questão foi o primeiro avião comercial pressurizado, e possibilitava um voo mais confortável ao passageiro. A maior altitude alcançável pela aeronave desviava de boa parte do clima adverso e amenizava a turbulência a bordo. Apesar disso o DC-3 da Douglas fez mais sucesso, com 90 aeronaves na frota contra 3 Boeing 307.

No mesmo ano a companhia lançou voos para a Europa, em destinos como Inglaterra e Portugal, expandindo seu nome no velho continente. Com a chegada da Segunda Guerra Mundial, as viagens de passageiros cessaram por um período, devido aos motivos óbvios, mas nem por isso a Pan Am parou suas operações, ajudou no transporte de tropas e mantimentos da USAF.

 

Propaganda de voo entre EUA e o Havaí.
Propaganda de voo entre EUA e o Havaí.

 

Com o fim da segunda guerra, os voos com hidroaviões tornaram-se raros, isso ocorreu devido ao crescente número de aeroportos com pistas, construídos para a Guerra, mas que foram convertidos em aeroportos de voos regulares. Com essa premissa a Pan Am lançou no ano de 1949, em “parceria” com a Boeing, o modelo B-377, que era extremamente antieconômico, no entanto luxuoso e grande.

Foi mais um marco para a empresa, que devido ao avião ser projetado como bombardeiro e logo em seguida ganhar configuração para passageiros, tinha uma cabine extremamente espaçosa, inclusive com beliches no seu interior. Nesse mesmo período ela já operava entre as Américas e a China, aviões da Douglas já estavam incorporados em sua frota.

Boeing 377 da Pan Am em voo.
Boeing 377 da Pan Am em voo. Foto – Pan Am/Reprodução

Assim como em diversas companhias daquela época, ela também operou com o Lockheed Constellation, uma aeronave bastante utilizada no pós-guerra. O Constellation, ou Connie, apoiava o Boeing 377 em rotas de longa distância no período que foi de 1947 até meados da década de 50, o DC-6 da Douglas também participou dessas rotas.

 

Em 1955 ela ousou bastante ao encomendar 45 aeronaves todas a jato! Eram 20 aviões Boeing 707 e 25 Douglas DC-8, inaugurando assim a era do avião a jato na empresa, posteriormente essa “febre” foi expandida para outras companhias no mundo, como a Lufthansa, KLM e Varig. O Boeing 707 fez mais sucesso na frota da companhia ao longo dos anos.

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Boeing 707. Foto – Pan Am/Reprodução

O Boeing 707, também chamado de Jet Clipper na Pan Am, tinha serviço de duas ou três classes, a primeira e mais luxuosa tinha nome de Deluxe President Special, a First Class e a tradicional Econômica. Com esse novo avião era possível decolar de Nova Iorque às 10 horas da manhã e chegar em Londres às 21h45, ou sair de Nova Iorque às 20h e pousar em Londres 7h45 da manhã, pronto para trabalhar após uma noite de sono no 707.

 

Você pode conferir os horários da companhia e comparar com as outras tabelas, todas especificadas por ano de operação, na galeria abaixo, observe que com a introdução dos aviões propulsionados por motor a reação houve um aumento significativo na quantidade de voos da Pan Am.

 

Aguarde a Segunda (2ª), Terceira (3ª) e Quarta (4ª) partes….

 

 

 

Veja um vídeo promocional sobre o Boeing 707 da Pan Am (em inglês)

Artigo de Igor Danin com Co-colaboração de Pedro Viana.

 

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