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Companhias aéreas podem ter prejuízo de até US$ 95 bilhões em 2021

IATA Companhias Aéreas

Em meio as incertezas sobre quando os governos irão liberar as restrições a viagens, as companhias aéreas pode continuar gastando dinheiro em 2022. É o que dizem preocupantes cenários apresentados pela IATA (Associação Internacional de Transportes Aéreos). 

“Estamos preocupados que levará muito mais tempo para que a indústria pare de queimar dinheiro”, disse o economista-chefe da IATA, Brian Pearce, durante uma entrevista hoje.

Ele avisa que isso terá consequências financeiras significativas para muitas operadoras levantando “questões sobre a capacidade de sobrevivência” das companhias. 

Pearce diz que a IATA agora duvida que as empresas comecem a gerar caixa no quarto trimestre de 2021, como havia previsto em dezembro. 

O economista está considerando três cenários para o desenrolar do ano – incluindo um em que o tráfego é menor este ano do que em 2020 e o consumo de caixa chega próximo de US$ 100 bilhões.

Sua previsão de dezembro de 2020 era de que o tráfego de passageiros atingiria 51% dos níveis de 2019 neste ano, permitindo que a indústria tivesse um caixa positivo no quarto trimestre, tendo gastado US$ 48 bilhões durante o ano.

A Associação está cada vez mais preocupada com o cenário em que uma liberação mais lenta das restrições significaria que o tráfego atingiria apenas 38% dos níveis de 2019 – um aumento marginal no desempenho de 2020.

Nesse caso, a queima de caixa seguiria em 2022, com US$ 75 bilhões perdidos no ano inteiro.

Em um cenário ainda pior, que a IATA está estudando, o tráfego de passageiros alcançaria, neste ano, apenas 33% dos níveis de 2019, o que significa uma queima de caixa de US$ 95 bilhões no ano inteiro e um retorno a um índice positivo de caixa ainda em 2022. O tráfego em 2020 foi de 34% dos níveis de 2019.

Ao considerar esses cenários, Pearce cita “uma grande incerteza sobre se os governos irão relaxar as restrições de viagens” e observa que este “problema de curto prazo” é o resultado do coronavírus ser “ainda mais difícil” de controlar do que o Associação esperava quando divulgou sua previsão de dezembro.

Economista chefe da IATA diz que previsão atual é pior do que anteriormente. Foto: IATA.

A suposição da IATA de que as restrições de viagem seriam liberadas assim que os países vacinassem suas populações mais vulneráveis ​​vem sendo questionada pelos desenvolvimentos mais recentes. 

Pearce afirma também que as reservas para voos domésticos começaram a diminuir nas últimas semanas. Ao mesmo tempo, as reservas para voos internacionais seguem estabilizadas em um nível bem baixo. 

Todavia, o economista também diz que existe potencial para uma forte recuperação, especialmente em países mais desenvolvidos, onde os programas de vacinação estão mais avançados.

Em última análise, no entanto, “o primeiro semestre deste ano parece um pouco mais fraco do que quando divulgamos nossas projeções em dezembro”, afirma Pearce.

O diretor-geral da IATA, Alexandre de Juniac, disse que “O clichê de que antes do amanhecer sempre é mais escuro parece adequado para as mensagens de hoje”, acrescentando que muitas companhias aéreas não sobreviverão “sem auxílio adicional do governo”. 

Complementando Alexandre, Pearce disse que outras companhias encerrarão o ano com níveis de endividamento muito mais elevados do que o esperado há apenas algumas semanas. 

Via Flightglobal

 

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Gabriel Centeno

Autor: Gabriel Centeno

Estudante de Jornalismo na UFRGS, spotter e entusiasta de aviação militar.

Categorias: Companhias Aéreas, Notícias

Tags: Companhias Aéreas, COVID-19, IATA, usaexport