A Spirit AeroSystems Holdings, a maior fornecedora de componentes da americana Boeing, disse nesta última segunda-feira (22/06) que estava buscando alívio de seus credores com suas finanças, pois houve cortes e readequação do caixa devido ao COVID-19 e uma parada de produção do 737 MAX, depois dos acidentes em 2019.
A Spirit é responsável pela construção de fuselagens, carenagens, asas e diversos componentes estruturais e de acabamento do 737 MAX.
A crise enfrentada pela Spirit é causada em boa parte pela Boeing. A fabricante norte-americana solicitou em dezembro a interrupção na produção de componentes do 737 MAX, visto que a produção seria paralisada em janeiro.
Quase ao mesmo tempo, a Boeing e a Spirit, assim como todo o mercado de aviação, foram duramente afetados pela crise do coronavírus.
Desta forma a Spirit agora foca em uma reformulação de toda a parte trabalhista e de produção, visto que a Boeing pediu à fabricante de peças aeronáuticas que reduza substancialmente a produção do 737 este ano, e a Spirit alertou que novas suspensões ou cortes podem ter um efeito “adverso” em sua condição financeira.
A empresa disse que agora espera entregar apenas 72 conjuntos completos de peças para a Boeing, em comparação com os 125 planejados anteriormente.
No início deste ano, a Spirit chegou a um acordo com a Boeing para fabricar 216 aeronaves em 2020, mas foi reduzido para 125 em maio, quando a crise do coronavírus atingiu as viagens aéreas e várias companhias aéreas começaram a adiar a entrega de aviões.
Um porta-voz da Boeing disse que a fabricante de aviões dos EUA estava trabalhando em estreita colaboração com a Spirit para ajustar os cronogramas de entrega e os ajustes das taxas de produção, conforme apropriado.
Os lucros da Spirit já estavam sob pressão depois que a Boeing interrompeu a produção do 737 MAX, em janeiro. Como resultado, a Spirit foi forçada a cortar milhares de empregos e reduzir seu dividendo trimestral em 90%, para apenas 1 centavo por ação.
A empresa já entregou 35 conjuntos de produção do 737 à Boeing até 19 de junho, e espera produzir e entregar os 37 restantes no durante os próximos seis meses.
Com informações de Reuters.
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