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Dados preliminares de investigação mostram que empresa entregou mais de 4.000 peças defeituosas para a Boeing

Boeing 787 Entregas FAA

Uma investigação foi iniciada na Itália nas últimas semanas com base nas acusações da fabricante norte-americana Boeing contra a Manufacturing Process Specification (MPS). A investigação surgiu após a fabricante acusar a MPS de fabricar e fornecer peças com defeitos para a linha de jatos 787.

Ao longo dos últimos cinco anos foram fabricadas mais de 4.000 peças com defeito para as aeronaves Boeing 787, segundo dados preliminares das investigações. Em um relatório visto pela Agência Reuters, diversas peças de titânio foram fabricadas erroneamente para 35 aeronaves 787.

Além disso, a investigação mostrou também que outras peças foram fabricadas com defeito para outro modelo norte-americano, o Boeing 767. A investigação também quer descobrir se a MPS ou a empresa anterior a ela, fabricou peças que poderiam colocar em risco a segurança dos voos operados com os modelos. A Boeing já confirmou que não há riscos de problemas nas operações. 

A fabricante ainda não quis se manifestar sobre os resultados preliminares das investigações na Itália. Apenas se limitou a dizer que: “Embora nossa avaliação esteja em andamento, isso não representa uma preocupação imediata de segurança de voo”.

Esta é a segunda vez que a Manufacturing Process Specification (MPS) é investigada, a empresa já está sob administração do tribunal na Itália. A MPS estava sendo investigada a partir de uma denuncia anônima sobre a falência de uma empresa anterior, os investigadores querem descobrir se há alguma ligação entre as empresas.

Além da Boeing, a Leonardo também foi uma das fabricantes que enfrentaram problemas com a MPS sobre o fornecimento de peças.

Os promotores alegaram que a MPS optou por metais mais baratos para poder economizar na fabricação das peças e permitir um aumento no número de partes fabricadas tanto para a Boeing como para a Leonardo. Oito pessoas foram indiciadas pela justiça por fraude e ações que podem ameaçar a segurança do transporte aéreo.

Além disso, os materiais escolhidos também não estavam em conformidade com especificações técnicas de segurança e confiabilidade. Há informações no documento de que a MPS está colocando todos seus ativos e sua fábrica a venda no próximo ano. 

Os atuais administradores não quiseram se pronunciar sobre a investigação.

Entenda o caso

Foto: Boeing

O Boeing 787 teve problemas com algumas peças de titânio fornecidas pela MPS estariam com sua fabricação sendo feita com composto mais fraco do que o necessário. 

A Manufacturing Process Specification (MPS) é a fornecedora investigada que tem como principal motivo a verificação da qualidade e confiabilidade das peças fornecidas à Boeing conta falhas que poderiam resultar em riscos para a operação da aeronave. 

Somente no 3º trimestre a Boeing teve um gasto de US$ 183 milhões para manter o programa sem ter entregas, além de realizar as correções nas aeronaves já produzidas. A empresa espera que os problemas de produção e correções do 787 Dreamliner custem cerca de US$ 1 bilhão para a empresa.

Atualmente mais de 100 aviões do modelo 787 Dreamliner estão estocados nas instalações da Boeing, isso significa que a empresa deixou de arrecadar 9 bilhões em receita em 2020 e 2021, somente com esse problema.

 

 

Fonte: Reuters

 

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