Ed Bastian, CEO da Delta Airlines, anunciou que sua empresa não vai oferecer nenhum tipo de apoio para aliviar a situação financeira da Virgin Atlantic.

A Delta Airlines possui 49% da Virgin Atlantic, mas devido a um recente prejuízo de US$ 534 milhões no primeiro trimestre, não está em posição de ajudar a Virgin Atlantic.

Richard Branson publicou uma carta aberta aos funcionários da Virgin Atlantic na terça-feira(21) e que mencionou que, sem qualquer apoio financeiro do governo do Reino Unido, a companhia aérea entraria em colapso.

Como a propriedade da companhia aérea é dividida quase igualmente entre a Delta Airlines e o Virgin Group, os analistas de aviação esperavam que houvesse algum tipo de ajuda da companhia aérea americana. Acima disso, a Delta conseguiu, no último mês, reduzir custos e também recebeu uma concessão de US$ 5,4 bilhões do governo dos EUA.

No entanto, a Delta registrou um prejuízo de US$ 534 milhões no primeiro trimestre de 2020. Portanto, qualquer tipo de apoio à Virgin Atlantic pode colocar em risco suas próprias chances de sobreviver a essa crise.

“Bem, na frente do Delta, não estamos em posição de investir mais dinheiro na Virgin. Já estamos no limite de propriedade de 49%. E sinceramente com o dinheiro que precisamos para proteger nosso próprio negócio, é aí que está nosso foco. Confio que a Virgin enfrentará seus desafios com o governo e com Richard”, disse Ed Bastian em uma entrevista.

No entanto, Bastian estava confiante de que esse não seria o fim da Virgin Atlantic. Ele insistiu que, embora a companhia aérea possa ter que passar por um processo administrativo, ela ressurgirá no setor aéreo britânico.

A notícia vem depois que a Virgin Australia, na qual Richard Branson tem 10% de propriedade, entrou em ‘administração voluntária’. A companhia aérea havia solicitado repetidamente pedidos de apoio financeiro ao governo australiano. No entanto, suas tentativas foram infrutíferas.