A maioria dos parlamentares da Câmara de Representes da Suíça foram favoráveis à compra dos caças stealth F-35 Lightning II. A decisão ocorre mais de um ano depois que o avião foi selecionado como vencedor da licitação, e é considerada uma vitória em cima dos grupos que se opuseram, em vão, à aquisição da aeronave.
Em junho de 2021 o Ministério da Defesa suíço oficializou que o jato norte-americano foi escolhido para substituir a frota de caças F/A-18 Hornet e F-5 Tiger II da Schweizer Luftwaffe (Força Aérea Suíça), superando o F/A-18 Super Hornet, Dassault Rafale e Eurofighter Typhoon. O Saab Gripen E foi excluído da disputa em 2018 por não estar pronto.
O país então começou as negociações para a compra de 36 F-35, avaliada em US$ 5,4 bilhões. No entanto, movimentos como o Stop F-35 (lançado pelo Partido Socialista e Partido Verde) e o ‘Grupo por uma Suíça sem Exército’ imediatamente lançaram campanhas para impedir a compra do avião.
Até agosto deste ano as organizações haviam coletado 100.000 assinaturas de cidadãos suíços contrários ao investimento, que é parte do programa Army 2022 de modernização dos militares.
Apesar dos protestos, os membros do conselho deram luz verde à compra dos F-35, com 128 votos favoráveis e 67 contra. “O F-35A é a aeronave certa para a Suíça. É o avião mais barato e o melhor do ponto de vista tecnológico”, argumentou Jacqueline de Quattro, do Partido Liberal.
Mesmo com a derrota, a oposição seguiu protestando. O Stop F-35 publicou um comunicado acusando o Conselho Nacional de ignorar os direitos populares, “abandonando a democracia direta”.
“Estamos impedindo uma grande discussão que deve absolutamente ser realizada. A população deve ser capaz de decidir sobre este assunto”, disse Pierre-Alain Fridez, do Partido Socialista Suíço.