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E190 da Air Astana sofreu um problema nos sistemas que controlam o eixo longitudinal

O Embraer E190LR da Air Astana, que sofreu um sério incidente no último domingo (11/11) em Portugal, teve um problema nos eixos de controle, afetando os ailerons da aeronave.

De acordo com a companhia “a aeronave apresentava desvios de estabilidade do eixo longitudinal (‘roll-axis’)”, nas declarações do piloto, havia uma reação contrária da aeronave quando o manche estava na posição oposta, ou seja, se o avião estava realizando uma curva para esquerda, e portanto inclinada para a esquerda, e o piloto comandava o manche para a direita, não havia nenhuma resposta favorável ao comando do piloto.

Durante vários minutos os sistemas de proteção da aeronave contra um alto ângulo de rolagem não funcionaram, ou estavam com o mesmo problema encarado pelo piloto.

O controle do avião foi realizado em boa parte através de outras superfícies de comando, como o profundor e leme durante os momento dos problema.

Os pilotos que seguiam no avião já foram ouvidos pelos investigadores, os dados das caixas-pretas foram recolhidos para análise. A aeronave levava a bordo três pilotos e três engenheiros.

O pouso na Base Aérea de Beja foi uma decisão para evitar um incidente pior, caso o avião continuasse a apresentar os mesmos problemas que teve no Aeroporto de Lisboa. Para piorar a condição climática em Lisboa não eram favorável ao pouso no visual.

“Voltar a Lisboa era potencialmente crítico se não houvesse controle da aeronave, porque aumentava a probabilidade de vítimas em terra. Em casos-limite, os aeroportos urbanos podem não ser uma boa solução”, explicou o piloto Jaime Prieto ao Jornal Observador.

Sem dados confiáveis e com diversos problemas para controlar o avião, os pilotos dos dois caças F-16 precisaram voar em formação com o E190 para informar a velocidade e altitude de voo da aeronave.

Depois de duas tentativas de pouso, uma para reconhecimento da pista, os pilotos pousaram na Base Aérea de Beja. 

O incidente está sendo investigado pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF). A Embraer enviou três engenheiros para o local, e a companhia aérea vai enviar dois engenheiros de manutenção e mais dois pilotos.

A OGMA também se responsabilizou por enviar técnicos para resolver os problemas do avião. Ele ficou mais de um mês em manutenção pesada (Check do tipo C) na base da companhia em Alverca, e no momento em que ocorreu tudo isso estava em um voo de testes.

Os mecânicos devem buscar também possível danos estruturais, visto que a aeronave pode ter excedido a força G máxima suportada durante as manobras.

A companhia aérea esclareceu que a aeronave ainda está em Portugal e só retornará ao Cazaquistão quando as autoridades, o fabricante e a companhia aérea estiverem convencidos de que a causa da perda de controle foi identificada e resolvida.

O vídeo abaixo mostra o pouso do ponto de vista do piloto do F-16:

 

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Aeroflap

Autor: Aeroflap

Categorias: Notícias, Outros

Tags: acidente, Incidente