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EASA autoriza volta do Boeing 737 MAX aos céus da Europa

Boeing 737 MAX Easa Europa - ALTA América Latina

O Boeing 737 MAX conseguiu a aprovação da EASA para voltar a voar pelos céus da Europa. A agência reguladora de aviação da União Europeia, emitiu um comunicado hoje(27) pela manhã dando o ‘sinal verde’ para o 737 MAX retomar seus voos pelo velho continente. 

Gradativamente todos os Boeings 737 MAX estarão sendo atualizados conforme as normas exigidas pela agência. Uma das empresas que mais aguardava a nova diretriz para o MAX na Europa é a Ryanair. A companhia aérea de baixo custo tem diversas aeronaves para receber entre elas o 737 MAX 8 200, feito especialmente para a empresa operar voos com grande densidade. 

“Alcançamos um marco significativo em um longo caminho. Após uma extensa análise da EASA, determinamos que o Boeing 737 MAX pode retornar ao serviço com segurança. Esta avaliação foi realizada com total independência da Boeing ou da Federal Aviation Administration e sem qualquer pressão econômica ou política – fizemos perguntas difíceis até obtermos respostas e buscarmos soluções que atendessem aos nossos exigentes requisitos de segurança. Realizamos nossos próprios testes de voo e sessões de simulador e não dependemos de terceiros para fazer isso por nós.” Disse o Diretor Executivo da EASA, Patrick Ky.

“Deixe-me ser bem claro que esta jornada não termina aqui, temos plena confiança de que a aeronave é segura, condição prévia para dar nossa aprovação. Mas continuaremos monitorando as operações do 737 MAX de perto, enquanto a aeronave retoma o serviço. Paralelamente, e por nossa insistência, a Boeing também se comprometeu a trabalhar para aprimorar ainda mais a aeronave no médio prazo, a fim de atingir um nível de segurança ainda maior”. Completou o executivo.

Agora a EASA reforça todos os requisitos do pacote que será implementado em todos os Boeings 737 MAX europeus. A EASA disse ainda que as companhias aéreas fora da Europa que operarem o 737 MAX para o continente, terão de comprovar que as aeronaves tiveram suas atualizações similares e o treinamento dos pilotos validado pelo órgão de aviação do país correspondente. 

Condições da EASA para o retorno do 737 MAX

Boeing 737 MAX Europa
Boeing 737 MAX voltará a realizar voos pela Europa

Conforme a Diretriz de Aeronavegabilidade emitida pela EASA as aeronaves terão obrigatoriamente de passar pelo processo de atualização bem como os pilotos pelos novos treinamentos antes de retomar os voos regulares.

  • Atualizações de software para o computador de controle de vôo, incluindo o MCAS
  • Atualizações de software para exibir um alerta em caso de desacordo entre os dois sensores AoA
  • Separação física dos fios encaminhados da cabine ao motor de compensação do estabilizador
  • Atualizações nos manuais de voo: limitações operacionais e procedimentos aprimorados para equipar os pilotos para compreender e gerenciar todos os cenários de falha relevantes
  • Treinamento obrigatório para todos os pilotos do 737 MAX antes de voar o avião novamente, e atualizações do treinamento inicial e recorrente dos pilotos no MAX
  • Testes de sistemas, incluindo o sistema de sensor AoA
  • Um voo de prontidão operacional, sem passageiros, antes do uso comercial de cada aeronave para garantir que todas as alterações de projeto foram corretamente implementadas e a aeronave com sucesso e segurança retirada de seu longo período de armazenamento. 

A EASA divulgou um documento onde detalha todas as partes da investigação nos acidentes do Boeing 737 MAX, além de detalhar todo o processo de recertificação do modelo e quais foram as condições adotadas pela agência. 

A EASA e os reguladores no Canadá e no Brasil trabalharam em estreita colaboração com a FAA e a Boeing ao longo dos últimos 20 meses para devolver o avião com segurança às operações. Essas três autoridades já aprovaram a aeronave para o retorno ao serviço.

A agência exige as mesmas alterações físicas da aeronave que a FAA, o que significa que não haverá software ou diferenças técnicas entre as aeronaves operadas pelas empresas dos Estados Unidos e por companhias dos Estados membros da EASA (os 27 membros da União Europeia mais a Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça).

Após a saída do Reino Unido da União Europeia, a Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido é agora responsável por liberar a aeronave para operar de / para e dentro do Reino Unido, bem como para os operadores do Reino Unido.      

No entanto, os requisitos da EASA diferem dos da FAA em dois aspectos principais. A EASA permite explicitamente que as tripulações dos voos intervenham para impedir que um stick shaker continue a vibrar depois de ter sido ativado erroneamente pelo sistema, para evitar que isso distraia a tripulação. 

A EASA também, por enquanto, determina que certos tipos de pousos de alta precisão não possam ser realizados. Espera-se que a última seja uma restrição de curto prazo. O treinamento obrigatório para pilotos é basicamente o mesmo para ambas as autoridades. 

“As ações obrigatórias precisam ser vistas como um pacote completo que, juntas, garantem a segurança da aeronave. Não se trata apenas de mudanças no design da aeronave: cada piloto do 737 MAX precisa passar por um treinamento especial único, incluindo treinamento em simulador, para garantir que estejam totalmente familiarizados com o 737 MAX reprojetado e treinados para lidar com cenários que podem surgir durante o vôo. Isso será reforçado por treinamento recorrente para garantir que o conhecimento seja mantido atualizado.” Disse Patrick Ky.

 

 

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