Uma das grandes operadoras da família A320, a EasyJet, companhia aérea de baixo custo anunciou que pretende aposentar quase metade de suas aeronaves Airbus A319. A companhia analisou os custos comparando o modelo com outros de maior capacidade. 

Cada vez mais a EasyJet tem utilizado aviões com maior capacidade como o Airbus A320/A320neo e também o A321neo. Comparando os custos por assento, a empresa concluiu que é mais vantajoso utilizar uma aeronave maior mesmo que não sejam vendidos todos os assentos do voo, ainda há uma disponibilidade maior de carga.

A configuração do Airbus A319 é para 150 passageiros, uma configuração incomum para o modelo, a opção utilizada pela empresa de baixo custo é mais densa e visa a maior receita gerada em cada voo. Já para o A320 a configuração utilizada é para 186 passageiros, o A321neo pode acomodar 235 passageiros, todos em uma única classe de serviço.

Gradativamente, a quantidade de voos utilizando o Airbus A319 caiu significativamente. Em 2019, o avião foi utilizado em 41% dos voos da empresa, considerando também que não haviam tantos A320neo e poucos A321neo. Já em 2023, esse percentual chegou para  Por outro lado, a utilização de aeronaves maiores cresceu para 69%.

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O Grupo EasyJet possui cerca de 327 aeronaves, sendo 97 A319, 168 A320, 47 A320neo e 15 A321neo, operando principalmente no Reino Unido, França, Itália e Suíça. A empresa estima que até meados de 2026, mais de 40% das aeronaves A319 tenham sido aposentadas.

“A eliminação gradual de nossos A319 ajuda a nos tornar mais competitivos, especialmente em aeroportos mais movimentados. Isso nos permite crescer em aeroportos com restrições de slots, o que significa um custo unitário menor nesses aeroportos, o que significa tarifas mais baixas para os clientes. Usando aeronaves maiores, também nos ajuda a aumentar nossas credenciais ecológicas”, disse a EasyJet.

A companhia ressalta que ainda é importante uma frota com diferentes aeronaves da mesma família justamente para se adequar em diferentes mercados e também por uma maior flexibilidade. 

“Uma frota mista nos permite atender a demanda adequadamente para não transbordar mercados [com assentos, necessitando de tarifas mais baixas para aumentar as cargas]. Diferentes estratégias, diferentes malhas, exigem diferentes aeronaves.”

Com informações da Simple Flying