A Ecuatoriana de Aviación foi uma companhia aérea subsidiaria da brasileira VASP, que detinha cerca de 50% do controle da empresa. Inclusive com a identidade visual semelhante, as duas empresas compartilharam aeronaves e outros serviços, entretanto a Ecuatoriana suspendeu as operações em 2006.
A companhia era considerada uma das grandes do setor no Equador. A empresa voou diversos destinos conhecidos internacionalmente, garantiu por alguns anos ser a empresa de bandeira do país.
Após a falência da empresa a TAME surgiu para ocupar o lugar de empresa bandeira do Equador mas também fechou as portas. A marca Ecuatoriana mesmo sem operar regularmente ainda é presente, e por ter a marca preservada chamou a atenção de um grupo de investidores.
Este grupo fez um projeto para relançar a companhia tradicional com grandes mudanças para se adequar ao cenário atual de aviação.
“O projeto nasceu em julho de 2013 a partir de uma ideia de seus fundadores, que se concretizou em novembro de 2019, quando a companhia aérea foi constituída como Sociedad Anónima (SA) no Equador.” Disse os investidores.
Acrescentou que “nossa pesquisa provou que ainda tem muita boa vontade e é facilmente reconhecida. É uma companhia aérea querida por muitos que voam na Ecuatoriana. Muito parecido com Mexicana De Aviación.”
Uma vitória foi conquistada recentemente pela empresa, no dia 31 de agosto recebeu a sua licença para operar voos do Conselho Nacional de Aviação Civil do Equador (CNAC).
Recentemente o governo do Equador anunciou a extinção de 7 empresas estatais e entre elas a TAME. A TAME trouxe diversos prejuízos nos últimos anos ao governo, como consequência disso foi suspensa da IATA por falta de pagamentos.
O desaparecimento da TAME e o surgimento da nova Ecuatoriana, levaram a pensar em uma conectividade entre as empresas. A Ecuatoriana desmente todos os boatos, a companhia tem todos os registros legais e regulares e esta buscando se constituir uma Corporação C nos EUA.
“A Ecuatoriana Airlines não tem envolvimento com o governo equatoriano, nem com a TAME EP, nem tem vínculo com nenhum partido político. O investimento é privado”, disse a Ecuatoriana.
O planejamento da companhia é realizar voos domésticos para ajudar a economia local a se movimentar novamente. Além disso vai buscar operar destinos que nunca foram realizados pela empresa anteriormente.
Para isso a Ecuatoriana solicitou iniciar as operações no primeiro trimestre de 2021, como a empresa não possui nenhum bem de aeronaves, terá de buscar no mercado algumas aeronaves para iniciar seus voos.
Com relação a frota, a companhia deixou em aberto as possibilidades e irá avaliar todas. Desde aeronaves menores como ATR 42 e Dash 8 até os A220, A319 e Boeing 737.
“No momento, estamos avaliando vários tipos de aeronaves. No entanto, iniciaremos as operações com um turboélice e, eventualmente, passaremos para aeronaves maiores conforme as operações considerarem adequado.”