Nesta segunda-feira (20/05) o fundo Elliott juntamente com a GOL Linhas Aéreas, apresentou na justiça um documento que mostra o posicionamento do principal credor da Avianca Brasil contra à proposta de compra de slots realizada pela Azul.
Apesar da proposta da Azul de comprar os slots da ponte aérea da Avianca Brasil por US$ 145 milhões, sem atrapalhar o leilão das 7 UPIs, a Eliott afirmou que a Azul está trabalhando em conjunto com a Swissport para atrapalhar o leilão de ativos da Avianca Brasil.
Os funcionários da Avianca Brasil demonstraram na semana passada apoio a essa proposta.
“A Azul ignora a natureza coletiva do ato de aprovação do plano de recuperação judicial, e apresenta, sem qualquer representatividade ou legitimidade para tanto, um pedido de substituição de um plano de recuperação judicial já aprovado pelos respectivos credores, com o claro objetivo de atender seu desejo de adquirir os ativos que quer”, diz o documento apresentado pela Elliot.
“Essa sinergia talvez se deva à proximidade comercial da Azul e da Swissport, que, até recentemente, tinham relevante acionista em comum. Se esta suspeita se confirmar, temos aí um comportamento grave por parte da Swissport e da Azul, com o potencial de gerar prejuízos indenizáveis aos credores.”
A Avianca Brasil não comentou o assunto nesta segunda-feira. A Azul afirmou em comunicado que seu plano oferece aos trabalhadores, clientes e credores da Avianca Brasil uma “opção superior” ao Elliott. A Gol também é contrária ao plano da Azul e a Latam ainda não se pronunciou.
Todos os recursos devem ser analisados no dia 10 de junho.
Proposta da Azul
Há uma expectativa para que a Avianca Brasil divulgue ainda nesta segunda-feira (20/05) sua resposta sobre a proposta da Azul, realizada na semana passada.
A nova proposta da Azul é constituída por uma Unidade Produtiva Isolada (“Nova UPI”), contemplando certos horários de chegada e partida operados pela Avianca Brasil, incluindo os da Ponte Aérea Rio-SP, pelo valor mínimo de US$ 145 milhões.
Em nota a Azul disse acreditar que o pedido formulado ao Juízo da RJ para alienação judicial da Nova UPI confere à Avianca Brasil, seus empregados, consumidores, credores e demais interessados uma alternativa legal e legítima para viabilizar a monetização, uso continuado de bens e preservação de atividades que atualmente correm grave risco de paralisação e perecimento à luz da rápida deterioração das atividades da companhia, no melhor interesse do mercado de aviação e todos os envolvidos.
Este pedido não invalida o procedimento de alienação judicial das 7 (sete) unidades produtivas isoladas, na forma do leilão estabelecido no Plano de Recuperação Judicial da Avianca Brasil.
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