A China voltou a realizar grandes incursões na Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ) da vizinha Taiwan. Em dois dias, um total de 52 aviões militares de diversos modelos voaram na região, incluindo a primeira vez que o J-16D de guerra eletrônica participa de uma incursão.
A maior incursão de 2022 ocorreu no domingo (23), com 39 aeronaves circulando pela porção sudoeste da ADIZ. De acordo com o Ministério da Defesa de Taiwan, 24 caças J-16, 10 caças J-10, duas aeronaves Y-8 de inteligência eletrônica, dois Y-9 de guerra eletrônica e um bombardeiro H-6 adentraram a ADIZ.
— 國防部 Ministry of National Defense, R.O.C. 🇹🇼 (@MoNDefense) January 23, 2022
Já nesta segunda-feira (24), oito J-16, dois J-16D de guerra eletrônica, dois bombardeiros H-6 e um Y-8 de patrulha marítima estiveram na região sudoeste novamente, totalizando 13 aviões. Nas duas ocasiões a Força Aérea Taiwanesa enviou caças para acompanhar o movimento das aeronaves chinesas.
Esta também é a primeira vez que o J-16D participa de uma operação do tipo. Revelado no Airshow China do ano passado, o J-16D é uma variante do caça multimissão J-16 especializada em missões de guerra eletrônica, como interferência, inteligência de sinais, escolta e supressão de defesas aéreas inimigas.
13 PLA aircrafts (J-16*8, Y-8 ASW, H-6*2 and J-16D*2) entered #Taiwan’s southwest ADIZ on January 24, 2022. Please check our official website for more information: https://t.co/oAAr89Fx1Z pic.twitter.com/vMRWxQN9Ct
— 國防部 Ministry of National Defense, R.O.C. 🇹🇼 (@MoNDefense) January 24, 2022
A maior incursão registrada até o momento ocorreu em outubro de 2021. Na ocasião, Pequim enviou 56 aeronaves para a ADIZ de Taiwan, gerando comentários diplomáticos negativos.
A nova larga operação ocorre depois que os EUA anunciaram grandes manobras no Mar da China Meridional, com a presença de dois porta-aviões nucleares e três navios de desembarque anfíbio, sendo um deles do Japão.
Os grupos de batalha dos porta-aviões USS Abraham Lincoln e USS Carl Vinson realizarão exercícios, incluindo operações de guerra antissubmarino, guerra aérea e interdição marítima para fortalecer a prontidão de combate, disse a Marinha dos EUA comunicado no último domingo.
Operations in the #PhilippineSea, Jan. 22, w/ships & aircraft from #USSCarlVinson & #USSAbrahamLincoln Carrier Strike Groups, Carrier Air Wings 9 & 2, #USSAmerica & #USSEssex Amphibious Ready Groups joined by elements from the Japan Maritime Self Defense Force [@jmsdf_pao_eng]. pic.twitter.com/OvOj1QlbbG
— U.S. Navy (@USNavy) January 23, 2022
“Operações como essas nos permitem melhorar nossa capacidade de combate credível, tranquilizar nossos aliados e parceiros e demonstrar nossa determinação como Marinha para garantir a estabilidade regional e combater a influência maligna”, citou o contra-almirante JT Anderson, comandante do grupo de ataque liderado pelo USS Abraham Lincoln.
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