Perto de receber a Certificação de Tipo do E190-E2 e com a produção em série ativa, a Embraer está entusiasmada em realizar a primeira entrega de uma aeronave de nova geração.
Mas como afirmado pela empresa anteriormente, este é um ano de transição, tanto que a Embraer está apostando na produção híbrida de suas aeronaves comerciais, para evitar construir um novo centro de montagem só para o E2.
E durante um pronunciamento antes da abertura do Singapore Airshow, que ocorrerá a partir de amanhã, o vice-presidente de marketing da Embraer Commercial Aircraft, Rodrigo Silva e Souza, afirmou que pela produção mista, esse ano a Embraer produzirá 10% de E-Jets E2, considerando o potencial de 100% da produção da empresa.
Em parte esse baixo número é também por estar disponível apenas o modelo E190-E2, enquanto a família de primeira geração (E1) conta com uma gama completa de produtos.
A perspectiva da Embraer é produzir 90 aeronaves comerciais em 2018, sendo que cerca de 10 aviões serão do modelo E190-E2.
Esse cenário mudará nos próximos anos, quando a empresa certificar o E195-E2 em 2019 e o E175-E2 em 2021, e também incrementar a produção do E2 ao mesmo passo que deixa de produzir aviões da família E1.
É um processo normal nas empresas, a Airbus ainda produz mais aviões da antiga geração A320ceo, enquanto faz a transição para o novo A320neo. A Boeing está enfrentando a mesma situação com o 737 MAX.
Por enquanto a prioridade da Embraer também é aumentar o número de clientes, John Slattery, chefe de aviação comercial da Embraer, disse que o objetivo é crescer o número de companhias aéreas que operam com o E-Jet, saltando de 70 para 100.
Embraer no Singapore Airshow
A Embraer levou para o Singapore Airshow um E190-E2 com uma pintura temática especial para exposição.
O avião conta com um interior todo configurado para demonstração interna. No exterior a pintura em alusão a um tigre retorna com o termo “Profit Hunter”, apresentado no Paris Airshow através de um E195-E2.
O foco da Embraer é aumentar a quantidade de clientes no mercado asiático, que está em amplo crescimento nos últimos anos, e também ofertar o E195-E2 como um avião com economia de regional e alta capacidade de passageiros.
Slattery disse que o objetivo é aumentar o número de companhias aéreas que operam com o E-Jet, saltando de 70 para 100.
A viagem para Cingapura também terá uma parada na China, outro mercado em amplo crescimento, onde há companhias que operam com o E-Jet. Logo após a aeronave voltará ao Brasil.