Desde 2012 em testes através da parceria entre a Boeing e Embraer, o E170 ecoDemonstrator encerrou recentemente suas atividades, de acordo com um relatório ambiental da Boeing. Além desse Embraer a Boeing já usou outras 3 aeronaves no programa ecoDemonstrator.

O E170 era utilizado pelas duas empresas para testar novas tecnologias sustentáveis em voo visando a preservação do meio ambiente, incluindo a utilização do bioquerosene, feito de cana-de-açúcar, este último um tipo abundante de combustível disponível no Brasil e também capaz de ser produzido em massa nos Estados Unidos, que dispõe de um grande território para plantio.

Todos os voos realizados com o E170 utilizaram uma combinação de querosene normal com 10% de biocombustível baseado na cana de açúcar. De 2012 até 2017 o E170 teve seus tubos de pitot substituídos por uma nova tecnologia baseada em laser e medição de distância óptica, para indicar a velocidade do avião em relação ao ar, isso servirá no futuro para garantir que mesmo no caso de falha do tubo de pitot, a aeronave conseguirá medir sua velocidade com precisão, ajudando em projetos como o avião autônomo da Boeing.

A Embraer, juntamente com a Boeing, chegou até mesmo a testar condições de formação de gelo com o E170, para minimizar esse efeito em voo, que altera o comportamento aerodinâmico e acrescenta arrasto, gerando maior gasto de combustível. Outras 60 tecnologias foram estudadas com base na aeronave E170.

Agora a colaboração será americana nesse projeto, que não está encerrado atualmente, em 2018 a Boeing fornecerá um 777 como mula de testes para uma nova fase do programa ecoDemonstrator, que também terá parceria com a Embraer desta vez.