Os horizontes de venda se expandiram para a Embraer depois que o KC-390 ganhou a sua certificação, mas há tempos podemos registrar uma movimentação da Embraer para conseguir inserir seu novo avião militar multi-uso em outros países.

E neste âmbito a empresa avalia que esse avião tem um potencial de mercado na faixa de US$ 60 bilhões, isso somente para a próxima década, o que equivale a venda de 700 aeronaves, sendo que cada uma deve custar US$ 85 milhões.

Enquanto se concentra em oferecer as primeiras aeronaves da Força Aérea Brasileira, em um contrato para R$ 7,2 bilhões para 28 aviões, a Embraer também está negociando uma parceria com a Boeing para que a norte-americana participe do marketing e venda do KC-390 em todo o planeta.

Essa movimentação é bastante clara por parte da empresa brasileira, o KC-390 precisa demonstrar as suas capacidades e confiabilidade iniciando as operações em uma Força Aérea, ao mesmo tempo a Boeing precisa aproveitar o mercado de substitutos do C-130 nos próximos anos, vale ressaltar que muitos deles estão na faixa de 30 a 50 anos de uso, mas ainda é uma aeronave confiável.

Logicamente daqui a 8 anos a necessidade por substituir os C-130 será cada vez maior, e mesmo que a Lockheed se movimente para apresentar algo, a Embraer também terá a sua oportunidade. O KC-390 transporta 6 toneladas a mais em comparação com o C-130 Hercules, e precisa de apenas dois motores do tipo reação, voando mais rápido e com maior autonomia de voo.

“O KC-390 se tornará a espinha dorsal da aviação de transporte da FAB. Com capacidade para cumprir uma ampla gama de missões, o KC-390 representará um salto na capacidade operacional”, declarou Jackson Schneider, presidente e CEO da Embraer Defesa e Segurança.

A meta é vender 700 aviões até 2030, sendo que 28 já foram vendidos para a Força Aérea Brasileira.