Embraer inicia recesso que vai resultar em fusão das operações com a Boeing

Foto - Embraer/Reprodução

A Embraer iniciou seu recesso de final de ano nesta sexta-feira (20/12) paralisando a produção das suas aeronaves por aproximadamente 30 dias.

O recesso desse ano de 2019 será emendado com outro recesso, de 01 até 20 de janeiro, onde a empresa entrará em período de blackout, e manterá as férias coletivas padrão dos seus funcionários de fim de ano até o dia 20 janeiro para realizar uma restruturação interna.

Essa restruturação será para separar o que é aviação comercial do restante da empresa, um requisito para seu acordo com a Boeing.

Aviões militares continuam na Embraer.

Essa paralisação é necessária para que os sistemas de TI sejam duplicados, segregados em dois ambientes diferentes. Será também feita a contribuição sistêmica dos ativos e passivos (dropdown/upload).

Após o período de blackout, a empresa dedicada ao negócio de Aviação Comercial (que formará a joint venture planejada com a Boeing) estará segregada da Embraer, com sistemas independentes e todas as pessoas já transferidas e trabalhando dedicadas a esse negócio.

A unidade de São José dos campos será toda para a aviação comercial, que futuramente será Boeing Brasil, no acordo a Boeing ficará com 80% dá aviação comercial. A unidade de aviação executiva será transferida para Gavião Peixoto, que tem a maior pista da América Latina, e continuará a ser Embraer.  

A unidade militar da Embraer Defesa e Segurança continuará em Gavião Peixoto.

Produção do Embraer Phenom nos Estados Unidos. Foto – Embraer

Desde 2011 a Embraer tem uma unidade nos Estados Unidos em Melbourne, Florida, onde são feitas as montagens finais dos Phenom 100 e 300, hoje o maior mercado de jatos executivos da Embraer é o americano.

A Embraer possui também unidades de serviços e montagem de componentes em outros estados brasileiros como Minas Gerais e Rio de Janeiro, no exterior em países como; França, Portugal, China, Cingapura.

Importante ressaltar que essa empresa continua fazendo parte do grupo Embraer até que a parceria seja totalmente aprovada pelas entidades regulatórias e atenda todas as demais condições de fechamento do negócio entre as empresas. Algo previsto para acontecer em março de 2020.

 

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