Embraer termina primeiro trimestre de 2018 com prejuízo líquido ajustado de R$ 77,8 milhões

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A Embraer apresentou logo na manhã desta sexta-feira (27/04) o resultado financeiro do primeiro trimestre de 2018, incluindo todas os setores de atuação da empresa.

Esse semestre foi um pouco complicado para a Embraer, que registrou prejuízo financeiro e entregou uma quantidade menor de aeronaves em comparação com 2017, devido a um desaquecimento do mercado de jatos executivos e também por causa do período de transição entre as gerações dos seus aviões comerciais.

 

Confira os destaques do relatório financeiro abaixo:

  • No 1º trimestre de 2018 (1T18), a Embraer entregou 14 jatos comerciais e 11 executivos (8 leves e 3 grandes), abaixo dos 18 jatos comerciais e 15 executivos (11 leves e 4 grandes) do 1T17;
  • No 1T18, a carteira de pedidos firmes (backlog) da Companhia fechou em US$ 19,5 bilhões e passou a incluir a nova unidade de negócio de Serviços & Suporte;
  • No trimestre, o EBIT[1] e EBITDA² foram de R$ 88,1 milhões e R$ 292,9 milhões, respectivamente, levando a uma margem de 2,7% e 9,1%. Não houve qualquer item especial contabilizado nos resultados do 1T18;
  • No 1T18, a Embraer apresentou Prejuízo líquido de R$ 40,1 milhões e Prejuízo por ação de R$ 0,0547. O Prejuízo líquido ajustado (excluindo-se impostos diferidos) foi de R$ 77,8 milhões e Prejuízo por ação ajustado ficou em R$ 0,1061;
  • A Embraer encerrou o 1T18 com uma posição total de caixa de R$ 11.395,3 milhões, com uma dívida de R$ 13.916,8 milhões, resultando em uma dívida líquida de R$ 2.521,5 milhões;
  • Em fevereiro, apenas 56 meses após o lançamento do programa, o E190-E2 foi certificado pela ANAC, FAA e EASA. É a primeira vez que um programa aeronáutico com o nível de complexidade do E2 recebe um certificado de tipo de três das maiores autoridades aeronáuticas internacionais de certificação, simultaneamente.
  • A Companhia reafirma todas as suas estimativas financeiras e de entregas para 2018;
  • Os resultados de períodos anteriores tiveram pequenos ajustes para refletir a adoção do IFRS 15 (Receita de Contratos com Clientes) e do IFRS 9 (Instrumentos Financeiros).

 

Tabela resumo com os principais indicadores financeiros:

RECEITA LÍQUIDA E MARGEM BRUTA

A Embraer entregou 14 aeronaves comerciais e 11 executivas (8 jatos leves e 3 jatos grandes) no 1T18, para um total acumulado de 25 aeronaves entregues no trimestre. Isso se compara a um total de 18 aeronaves comerciais e 15 executivas (11 jatos leves e 4 jatos grandes) entregues no 1T17. Geralmente as entregas do primeiro trimestre apresentam sazonalidade e tendem a ser menores em relação aos demais trimestres do ano.

A Embraer mantém a previsão de entregar de 85 a 95 jatos comerciais e de 105 a 125 jatos executivos (70 a 80 jatos leves e 35 a 45 jatos grandes) este ano. A Companhia espera que as entregas tanto da Aviação Comercial quanto da Aviação Executiva aumentem ao longo do 2T18.

No 1T18, apesar do menor número de entregas em ambos os segmentos, a Receita líquida permaneceu estável em relação ao 1T17 e ficou em R$ 3.227,3 milhões. Os segmentos de Defesa & Segurança e Serviços & Suporte foram os principais contribuintes para essa estabilidade, uma vez que suas receitas tiveram crescimento de 43% e 7%, respectivamente.

A Margem bruta consolidada subiu de 16,7% no 1T17 para 18,3% no 1T18 impulsionado pela melhoria em todos os segmentos de negócio da Companhia.

 

RESULTADO OPERACIONAL E MARGEM OPERACIONAL

O Resultado operacional (EBIT) e a Margem operacional no 1T18 foram de R$ 88,1 milhões e 2,7%, respectivamente, e apresentaram queda em relação aos R$ 126,6 milhões e os 3,9% reportados no 1T17. Na comparação entre os trimestres, a queda no volume de entregas e na Receita líquida teve impacto na diluição do custo fixo e foram os principais responsáveis pela diminuição do EBIT no período.

O EBIT reportado no 1T18 não apresenta a influência de qualquer item especial. No 1T17, por sua vez, os resultados foram influenciados por R$ 23,8 milhões relacionados à provisão adicional do Programa de Demissões Voluntárias (PDV) da Companhia. Excluindo-se esse efeito, o EBIT e a margem EBIT ajustados foram de R$ 150,4 milhões e 4,6%, respectivamente.

As despesas administrativas totalizaram R$ 143,8 milhões no 1T18, representando aumento em relação aos R$ 133,9 milhões relatados no 1T17, principalmente em função da variação cambial no período. As despesas comerciais ficaram praticamente estáveis, saindo de R$ 229,0 milhões no 1T17 para R$ 230,9 milhões no 1T18.

As despesas com Pesquisa foram de R$ 31,6 milhões no 1T18 e tiveram crescimento em relação aos R$ 25,7 milhões do 1T17. A conta Outras receitas (despesas) operacionais líquidas apresentou despesa de R$ 96,2 milhões no 1T18 em relação à despesa de R$ 29,0 milhões no 1T17 (que seria de R$ 5,2 milhões excluindo-se o efeito da provisão mencionada).

Os principais fatores de crescimento das despesas operacionais no 1T18, em comparação ao 1T17, foram o aumento já esperado no impairment de aeronaves usadas no portfólio da Companhia, combinado com uma diminuição das receitas advindas de cancelamentos de aeronaves, no período.

 

RESULTADO LÍQUIDO

No 1T18, a Embraer apresentou Prejuízo líquido de R$ 40,1 milhões e Prejuízo por ação de R$ 0,0547. Na comparação com o 1T17, o Lucro líquido foi de R$ 168,5 milhões e Lucro por ação de R$ 0,2292.

O Prejuízo líquido ajustado, excluído do Imposto de renda e contribuição social diferidos e também do impacto líquido, após imposto dos itens especiais que eventualmente tenham sido contabilizados no período, foi de R$ 77,8 milhões e o Prejuízo por ação ajustado ficou em R$ 0,1061. Na comparação entre os trimestres, no 1T17, o Lucro líquido ajustado foi de R$ 126,2 milhões e o Lucro por ação ajustado foi de R$ 0,1717.

 

ATIVOS E PASSIVOS MONETÁRIOS E ANÁLISE DE LIQUIDEZ

A Companhia encerrou o 1T18 com uma posição de Dívida líquida de R$ 2.521,5 milhões, representando um aumento em relação à Dívida líquida de R$ 1.028,4 milhões ao final de 2017, principalmente em função do Uso livre de caixa no período. No final do trimestre, a Companhia possuía um Total de financiamentos da ordem de R$ 13.916,8 milhões, praticamente estáveis em relação ao final do ano.

No 1T18, a Companhia apresentou um Uso livre de caixa ajustado de R$ 1.383,8 milhões, comparado ao Uso livre de caixa ajustado de R$ 646,3 milhões no 1T17. Isso se deve em grande parte ao maior Caixa líquido ajustado usado pelas atividades operacionais (líquido de investimentos financeiros e ajustado pelos impactos não recorrentes no caixa) de R$ 995,2 milhões no 1T18, em comparação aos R$ 219,3 milhões usados no 1T17. Os principais fatores que resultaram em um maior Uso livre de caixa ajustado no 1T18 foi o aumento de investimentos em capital de giro, especialmente estoques e o prejuízo líquido reportado no 1T18 em comparação ao lucro líquido gerado no 1T17.

As Adições líquidas ao imobilizado totalizaram R$ 128,6 milhões no 1T18 e R$ 109,6 milhões no 1T17. Desse total, no 1T18, o CAPEX representou R$ 74,0 milhões, as Adições de aeronaves disponíveis para leasing ou em leasing foram de R$ 19,4 milhões e as Adições ao programa Pool de peças de reposição foram de R$ 35,2 milhões. No decorrer do ano, o investimento em CAPEX deve aumentar em direção à estimativa anual da Companhia de US$ 200 milhões.

As Adições ao intangível no 1T18 foram de R$ 260,0 milhões e estão relacionadas a todos os investimentos em desenvolvimento de produtos, que foram parcialmente compensados pelo recebimento de R$ 219,7 milhões em Contribuição de parceiros, o que representou um investimento líquido em Desenvolvimento de R$ 40,3 milhões, relacionado principalmente ao desenvolvimento do programa dos E-Jets E2, no segmento de Aviação Comercial, que evoluiu conforme planejado. A Companhia prevê que esses investimentos deverão aumentar ao longo do ano, ficando em linha com sua estimativa anual de US$ 300 milhões.

No 1T18, o endividamento da Empresa permaneceu estável em relação ao final de 2017 e totalizou R$ 13.916,8 milhões. A dívida de longo prazo totalizou R$ 12.461,0 milhões, enquanto a dívida de curto prazo foi de R$ 1.455,8 milhões. Considerando o perfil atual da dívida, o prazo médio de endividamento caiu de 6,0 anos para 5,7 anos. O custo da dívida em Dólar, ao final do 1T18 era de 5,22% a.a., comparado aos 5,18% a.a. ao final do 4T17. O custo da dívida em Reais caiu de 3,72% a.a., ao final do 4T17, para 3,40% a.a. no 1T18.

A relação do EBITDA nos últimos 12 meses versus as despesas sobre os juros caiu de 2,20 no 4T17 para 1,64 no 1T18. Ao final do 1T18, 14% da dívida total eram denominadas em Reais.

A estratégia de alocação de caixa da Embraer continua sendo uma das principais ferramentas para a mitigação do risco cambial. Ajustando a alocação do caixa em ativos denominados em Reais ou Dólares norte-americanos, a Companhia busca neutralizar sua exposição cambial sobre as contas do balanço. Ao final do 1T18, o caixa alocado em ativos denominados em Dólar Norte-Americano era de 79%.

Complementando sua estratégia de mitigação dos riscos cambiais, a Companhia aderiu a alguns hedges financeiros para reduzir a exposição do seu fluxo de caixa.

Essa exposição ocorre pelo fato de que aproximadamente 10% da Receita líquida da Companhia é denominada em Reais e aproximadamente 20% dos seus custos totais também são denominados em Reais. Ter os custos denominados em Reais superiores às receitas gera tal exposição. Para 2018, cerca de 45% da exposição em Real está protegida, caso o Dólar se desvalorize abaixo de R$ 3,32. Para taxas de câmbio acima deste nível, a Empresa se beneficiará até um limite médio de R$ 3,75 por Dólar.

No 1T18, o endividamento da Empresa permaneceu estável em relação ao final de 2017 e totalizou R$ 13.916,8 milhões. A dívida de longo prazo totalizou R$ 12.461,0 milhões, enquanto a dívida de curto prazo foi de R$ 1.455,8 milhões. Considerando o perfil atual da dívida, o prazo médio de endividamento caiu de 6,0 anos para 5,7 anos. O custo da dívida em Dólar, ao final do 1T18 era de 5,22% a.a., comparado aos 5,18% a.a. ao final do 4T17. O custo da dívida em Reais caiu de 3,72% a.a., ao final do 4T17, para 3,40% a.a. no 1T18.

A relação do EBITDA nos últimos 12 meses versus as despesas sobre os juros caiu de 2,20 no 4T17 para 1,64 no 1T18. Ao final do 1T18, 14% da dívida total eram denominadas em Reais.

A estratégia de alocação de caixa da Embraer continua sendo uma das principais ferramentas para a mitigação do risco cambial. Ajustando a alocação do caixa em ativos denominados em Reais ou Dólares norte-americanos, a Companhia busca neutralizar sua exposição cambial sobre as contas do balanço. Ao final do 1T18, o caixa alocado em ativos denominados em Dólar Norte-Americano era de 79%.

Complementando sua estratégia de mitigação dos riscos cambiais, a Companhia aderiu a alguns hedges financeiros para reduzir a exposição do seu fluxo de caixa.

Essa exposição ocorre pelo fato de que aproximadamente 10% da Receita líquida da Companhia é denominada em Reais e aproximadamente 20% dos seus custos totais também são denominados em Reais. Ter os custos denominados em Reais superiores às receitas gera tal exposição. Para 2018, cerca de 45% da exposição em Real está protegida, caso o Dólar se desvalorize abaixo de R$ 3,32. Para taxas de câmbio acima deste nível, a Empresa se beneficiará até um limite médio de R$ 3,75 por Dólar.

 

ATIVOS E PASSIVOS OPERACIONAIS

Além dos fatores acima mencionados, um dos maiores contribuintes para o aumento do Uso livre de caixa no 1T18, em comparação ao 1T17, foi o aumento dos investimentos em capital de giro. As Contas a receber de clientes aumentaram R$ 458,1 milhões, encerrando o trimestre em R$ 2.986,2 milhões, refletindo o alongamento nos prazos de pagamento de alguns clientes, particularmente no segmento de Defesa & Segurança. Adicionalmente, durante o trimestre houve um acréscimo de R$ 1.136,2 milhões nos Estoques, que também contribuíram para o uso de caixa.

Esse aumento dos estoques no 1T18 está em linha com a sazonalidade e com a tendência de crescimento das entregas ao longo do ano. Esses impactos foram parcialmente compensados pelo aumento da conta Fornecedores de R$ 2.728,0 milhões no 4T17 para R$ 2.969,8 milhões no 1T18. Os Financiamentos a clientes e os Adiantamentos de clientes fecharam o 1T18 em R$ 52,8 milhões e R$ 3.140,2 milhões, respectivamente, praticamente estáveis em relação ao 4T17.

No 1T18, o Intangível permaneceu estável e ficou em R$ 6.241,6 milhões. O Imobilizado encerrou o trimestre em R$ 6.897,5 milhões, ante os R$ 6.962,9 milhões do final de 2017.

 

PEDIDOS FIRMES EM CARTEIRA

Considerando-se todas as entregas, bem como os pedidos firmes obtidos durante o período, a carteira de pedidos firmes a entregar (backlog) da Companhia fechou o trimestre em US$ 19,5 bilhões. Pela primeira vez o backlog do segmento de Serviços e Suporte foi incluído no valor consolidado total.

Ao final do 1T18, o montante referente a esse segmento totalizou US$ 1,7 bilhão, dos quais US$ 0,3 bilhão em contratos de serviços já estava incluso anteriormente na carteira das outras unidades de negócio e nesse trimestre foi transferido para obacklog de Serviços e Suporte.

 

RECEITA POR SEGMENTO

No 1T18, o segmento de Aviação Comercial teve participação de 38,3% na Receita líquida da Companhia, abaixo dos 46,0% do 1T17 em função do menor número de entregas no trimestre o que acarretou na queda de 18% da receita líquida desse negócio. O segmento de Aviação Executiva também teve queda de participação de 14,3% no 1T17 para 13,0% no 1T18, refletindo o menor número de entregas nesse trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, o que levou a uma queda de 11% na receita.

O segmento de Defesa & Segurança teve 24,4% de participação na receita no 1T18, acima dos 16,8% do 1T17 com um aumento de 43% das receitas no período.

Nesse trimestre, a Embraer passou a reportar a Unidade de Serviços & Suporte como um novo segmento. A receita dessa unidade de negócio foi de R$ 776,2 milhões no 1T18, com crescimento de 7% em comparação ao 1T17, representando participação de 24,1% na receita líquida da Companhia. Outras receitas representaram 0,3% de participação no 1T18.

 

AVIAÇÃO COMERCIAL

Durante o 1T18, a Embraer entregou 14 aeronaves comerciais, como segue:

Ao longo do 1T18, a Embraer alcançou importantes marcos no desenvolvimento do programa E-Jets E2. A empresa anunciou os resultados finais dos testes em voo, confirmando que a aeronave está melhor que originalmente previsto em suas especificações e ainda mais eficiente que outras aeronaves de corredor único. O E190-E2 provou ser 1,3% mais eficiente em consumo de combustível do que inicialmente previsto, o que representa uma melhoria de 17,3% quando comparado ao E190 da atual geração.

Além disso, o E190-E2 obteve melhores resultados que suas especificações originais quanto aos níveis de ruído externo e emissões, ao desempenho de pista, aos intervalos entre manutenções e ao tempo de transição de treinamento para pilotos entre E1 e E2.

No fim de fevereiro, apenas 56 meses após o lançamento do programa, a Embraer recebeu o Certificado de Tipo para o E190-E2, pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), pela Federal Aviation Administration (FAA) e pela European Aviation Safety Agency (EASA). É a primeira vez que um programa aeronáutico com o nível de complexidade do E2 recebe um certificado de tipo de três das maiores autoridades aeronáuticas internacionais de certificação, simultaneamente.

Durante o trimestre, a Embraer recebeu a Urumqi Air como novo operador do E190 na China. No dia 25 de março, a Urumqi Air completou o primeiro voo com um E190 configurado com 104 assentos.

Ao final do 1T18, a carteira de pedidos (backlog) e entregas acumuladas da Aviação Comercial eram as seguintes:

 

AVIAÇÃO EXECUTIVA

As entregas da Aviação Executiva no 1T18 foram de oito jatos leves e três jatos grandes, totalizando 11 aeronaves.

Durante o 1T18, a Embraer entregou o primeiro jato executivo Phenom 300E, depois de receber a certificação da Federal Aviation Administration (FAA), dos Estados Unidos, da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (European Aviation Safety Agency-EASA) e da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). O novo modelo de jatos leves foi lançado e apresentado na Conferência e Exposição de Aviação Executiva da NBAA-BACE, em outubro de 2017. O novo jato tem designação “E” anexa à marca, que significa “Enhanced”, representando os novos interior e sistemas de entretenimento e de gerenciamento da cabine de passageiros nice® HD CMS/IFE, da Lufthansa Technik. O jato é uma nova versão do líder de segmento Phenom 300, que em 2017 foi confirmado mais uma vez como o jato leve mais entregue, pelo sexto ano consecutivo.

Também no primeiro trimestre, a Embraer entregou pela primeira vez o jato executivo Legacy 450 para um cliente brasileiro. O Legacy 450 tem revolucionado o mercado de cabine média da aviação executiva, trazendo a tecnologia full fly-by-wire e experiência de voo sem precedentes. Além disso, o Legacy 450 oferece ampla cabine de piso plano e a melhor altitude de cabine da categoria.

 

DEFESA & SEGURANÇA

Durante o 1T18, a campanha de testes em voo da aeronave multimissão de médio porte KC-390 avançou rumo à certificação final, com os dois protótipos (001 e 002) excedendo a marca de 1.600 horas de voo. A produção em série do KC-390 avança com a montagem das aeronaves 003, 004 e 005. Em abril, o KC-390 fez sua estreia em um airshow na América Latina, participando da FIDAE 2018, no Chile, onde voou ao lado dos A-29 Super Tucanos do Esquadrão de Demonstração Aérea da Força Aérea Brasileira (FAB), também conhecido como “Esquadrilha da Fumaça”. A Embraer espera receber a Certificação Final Operacional do   KC-390 no segundo semestre de 2018, quando está programada para acontecer a primeira entrega da aeronave.

Com relação ao programa A-29 Super Tucano, a Embraer entregou duas aeronaves para um cliente ainda não revelado. As aeronaves serão utilizadas para treinamento tático e avançado bem como em missões de ataque leve e ISR (inteligência, vigilância e reconhecimento).

No trimestre, foi entregue à Affinity Flying Training Services a última unidade de cinco aeronaves Phenom100. Essas aeronaves são operadas pelo Sistema Militar de Treinamento de Voo do Ministério da Defesa do Reino Unido, a fim de fornecer treinamento inicial multimotor aos pilotos das Forças Armadas daquele país.

Com relação aos Programas de Modernização de aeronaves, a Embraer entregou a segunda aeronave F-5BR, do terceiro lote, à Força Aérea Brasileira. O programa, chamado F-5BR, está focado em realizar atualizações estruturais e eletrônicas para os caças F-5.

A empresa coligada Atech completou com sucesso a implementação do primeiro centro fixo de comando e controle e gerenciamento de tráfego aéreo para uma nação africana. Em março, durante o congresso de gerenciamento de tráfego aéreo WATM 2018, em Madri, na Espanha, a Atech lançou sua nova família de produtos dedicados às soluções de Controle e Gestão de Tráfego Aéreo, denominada Makron. Além disso, a fase de qualificação (QR2) do sistema de missão dos helicópteros H225M, da Marinha do Brasil, também foi concluída.

No período, o Sistema de Proteção de Fronteiras (SISFRON) do Brasil realizou os testes de seu Receptor de Recebimento de Sinais (COMINT), programado para ser implementado em campo no 2T18. O projeto deu continuidade à entrega do sistema de comunicações táticas, aumentando a capacidade operacional das organizações militares envolvidas no SISFRON. 

Por fim, a Visiona Tecnologia Espacial auxiliou a operação e validação do satélite brasileiro geoestacionário (SGDC). O sistema está evoluindo como planejado e a instalação das estações terrestres VSAT já começou.

 

SERVIÇOS & SUPORTE

Conforme antecipado anteriormente, a Embraer começou a relatar o segmento de Serviços & Suporte como uma unidade de negócios a partir de 2018. A Embraer Serviços & Suporte é composta pela organização global de serviços e suporte da Embraer, que conta com uma equipe de mais de 2.500 profissionais em todo o mundo e uma renomada rede de 87 centros de serviços próprios, apoiada por dois Contact Centers 24/7 em sua sede no Brasil.

A equipe global dá suporte a 1.700 clientes, que operam uma frota de mais de 5.600 aeronaves. Mais de US$ 1 bilhão em ativos de reposição estão estrategicamente distribuídos entre 24 armazéns em cinco continentes. A estimativa anual de receita para essa unidade de negócio, publicada pela Companhia, é de US$ 900 milhões a US$ 1 bilhão em 2018.

Em janeiro, a Embraer e a Widerøe, maior companhia aérea regional da Escandinávia e operador de lançamento do E190-E2, chegaram a um acordo para o Programa Pool de Peças de reposição para a frota de E2. Este é o primeiro contrato de Pool assinado para os E-Jets E2, a segunda geração da família E-Jets de aeronaves comerciais da Embraer. O contrato abrangerá mais de 300 componentes para a frota de jatos E190-E2 da companhia aérea.

 

ENTENDIMENTOS COM A BOEING

Em 2017, a Embraer iniciou entendimentos com a Boeing – já parceira em projetos de engenharia, ecoeficiência e projetos socioculturais – para uma possível combinação de negócios entre as duas empresas.

A Embraer e a Boeing ainda estão analisando possibilidades de viabilização de uma combinação de seus negócios, que poderão eventualmente incluir a criação de outras sociedades com participação conjunta na área de aviação comercial, deixando por outro lado separadas as demais atividades notadamente aquelas vinculadas à área de defesa e, possivelmente, também a área de aviação executiva, que permaneceriam exclusivamente com a Embraer.

As negociações continuam em andamento e uma eventual estrutura estará sujeita à aprovação do Governo Brasileiro, dos órgãos reguladores nacionais e internacionais e das duas companhias. Não há garantia de que a referida combinação de negócios venha a se concretizar.

 

DESDOBRAMENTOS DA AÇÃO COLETIVA

Em agosto de 2016, uma ação coletiva (putative securities class action) foi ajuizada em um tribunal norte-americano em face da Companhia e de seus administradores, atual e antigo, pleiteando supostos danos sofridos em razão de declarações alegadamente enganosas da Companhia em relação às investigações de FCPA e assuntos correlatos.

Em outubro de 2016, um tribunal federal de Nova Iorque nomeou um autor principal (lead plaintiff) e um advogado principal (leading counsel) para a ação coletiva.

Em dezembro de 2016, o autor principal apresentou um aditamento ao pedido inicial (amended complaint). Em março de 2018 o tribunal proferiu decisão favorável ao pedido da Companhia de julgamento antecipado da ação (motion to dismiss), e extinguiu sumariamente o processo. Esta decisão continua sujeita a recurso, que ainda não foi apresentado.

Nesta data a Companhia acredita que não existe base adequada para estimar provisões relacionadas a esta ação coletiva.

 

Veja ainda mais detalhes em www.ri.embraer.com.br.

 

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