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Entrevista: Azul descarta possibilidade de entrar em Recuperação Judicial, e fala da sua frota

Azul

Na inauguração das operações da Azul Linhas Aéreas com o A320neo no Aeroporto Santos Dumont, nesta segunda-feira (08/06), nossa equipe do Portal Aeroflap teve a oportunidade de obter maiores detalhes sobre o futuro da companhia.

No voo estava Vitor Silva, Gerente Sênior de Planejamento de Malha da Azul, que respondeu alguns questionamentos da nossa equipe, o primeiro foi sobre o planejamento de malha da companhia.

Silva disse que o sub-leasing dos E195-E1 para a Breeze, de Neeleman, e a LOT, da Polônia, não foi cancelado, somente suspenso neste momento de crise.

Esse sub-leasing das aeronaves de Primeira Geração é essencial para o planejamento futuro da companhia, de acordo com Silva. Ele ainda ressaltou que a companhia realmente atrasou algumas entregas do novo E195-E2, mas que é possível antecipar caso a companhia tenha a necessidade de frota.

“Podemos garantir que avião não vai faltar”, disse Vitor Silva.

Novo E195-E2 da Azul.

Ele ainda disse que a companhia não cogita entrar em Recuperação Judicial, visto que a renegociação das dívidas com o auxílio da Galeazzi & Associados está fazendo efeito.

Silva ainda disse que a companhia aguarda um auxílio de R$ 2 bilhões do BNDES, em forma de empréstimo, mas que tem outras linhas de crédito abertas caso a companhia necessite de um financiamento adicional.

Ele também ressaltou que para a recuperação da oferta a companhia está olhando muito para o futuro, visto que o passado não pode descrever como a demanda vai se recuperar, pela diferença entre as regiões atendidas.

“Os dados do passado não valem pro futuro, porque está tudo muito dinâmico”, disse  , ressaltando que todo dia há um desafio diferente, e que mesmo assim a companhia está conseguindo obter lucro desses voos neste período. “A flexibilidade de frota chega a ajudar a companhia, apesar do desafio desse período.”

A Azul também ressaltou que está trabalhando bastante para manter a ligação aérea com alguns municípios, principalmente do interior. Alguns na Região Norte precisam de uma ligação via fluvial de 8 horas, enquanto um voo de aeronave consegue cumprir a rota em cerca de 10 minutos.

Atualmente a Azul opera de 150 a 180 voos por dia, sendo que antes da crise operava 950 voos diários. No auge da crise e do lockdown, a Azul chegou a operar 70 voos por dia.

 

TwoFlex

Vitor Silva disse que a Azul planeja manter a TwoFlex separada da principal, mas que está ajudando a companhia com diversas questões tecnológicas e de análise de mercado, visto que para eles “a TwoFlex funcionava como um táxi-aéreo”.

Apesar disso, a Azul está gostando do resultado dos aviões Cessna Caravan, que transportam passageiros e cargas, e esses aviões, para a Azul, estão sendo essenciais para manter as ligações aéreas em cidades do interior.

“No futuro devemos ter mais aviões Caravan transportando passageiros”, disse Silva comparando com a situação atual da crise.

 

 

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