Estados Unidos querem verificações em motores Pratt & Whitney devido à vazamento de óleo

AirBaltic

A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) deve exigir verificações de alguns motores da Pratt & Whitney, da série Pure Power, depois que vazamentos de óleo causaram dois desligamentos do motor durante voo.

A FAA emitiu ontem (09/09) uma diretriz de aeronavegabilidade (AD), ressaltando o risco de incêndio por vazamento de óleo em motores PW1500G, que equipa a linha A220 da Airbus, e o PW1900G dos E-Jets E190/195 da Embraer.

A diretriz, divulgada em 9 de setembro, ressalta o risco de vazamento de óleo devido a uma “lacuna” entre o “tubo de alimentação de óleo dos motores e o radiador de óleo”.

“A FAA está emitindo esta DA para evitar falhas no tubo de alimentação de óleo LP10, que causa incêndio no motor e danos ao avião”, diz a nota da FAA.

A P&W já abordou o problema com os boletins de serviço, lançados no início deste ano, que detalham os procedimentos para modificar ou substituir os radiadores de óleo dos motores PW1500G e PW1900G e os tubos de alimentação de óleo, segundo documentos da FAA.

A Pratt ressaltou que já está conduzindo uma substituição de componentes, de forma a evitar esse vazamento de óleo.

Mesmo após a correção, uma revisão do radiador e do tubo de alimentação de óleo deverá ser feita após 300 ciclos de uso do motor, e sempre ser realizada após 850 ciclos de uso do motor. Cada ciclo corresponde a uma decolagem e um pouso.

 

Outro problema nos motores PW1500G e PW1900G

Antes disso, a FAA emitiu outra DA, solicitando que companhias aéreas dos Estados Unidos revisem seus motores PW1500G e PW1900G, que equipam os aviões das famílias Airbus A220 e Embraer E-Jet 190/195-E2, respectivamente.

A revisão antecipada e fora do cronograma é para evitar uma situação de falha no motor, após revisões detectarem um desgaste acentuado no cubo dianteiro do compressor de alta pressão, algo que pode resultar em falhas antes do período de revisão indicado pela fabricante do motor.

Por enquanto a recomendação é que todas companhias revisem seus motores, e avisem a Pratt & Whitney caso algum desgaste além do previsto for encontrado, este também deverá ser detalhado.

A FAA estima que pelo menos 18 motores, instalados em aviões que voam com matrícula norte-americana, precisarão passar por correções.

Até o momento o indicativo que temos é relacionado aos problemas nos motores do A220, o PW1500G, visto que recentemente um A220-300 da Swiss teve uma falha de motor durante o voo, que levou à exaustão de partes do motor. A aeronave estava em atividade há menos de um ano.

Atualmente a única companhia norte-americana que opera com o A220 é a Delta Airlines, que já recebeu 22 aeronaves deste modelo. 

A Pratt & Whitney já enfrentou anteriormente problemas com motores da linha PW1000G, como no caso com o Airbus A320neo, que atrasou até mesmo diversas entregas da aeronave da Airbus.

 

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