Mark Forkner, um ex-piloto de testes da Boeing, será indiciado por omitir informações sobre as falhas de MCAS do 737 MAX, enquanto foi piloto-chefe de testes da aeronave.
A inclusão do piloto no processo será realizada por promotores federais dos EUA, de acordo com o Wall Street Journal. Ele responderá o processo juntamente com diretores da Boeing, que participaram do projeto e também omitiram detalhes sobre o problema no MCAS à FAA, descoberto em 2017 pela equipe de testes.
Em um e-mail de janeiro de 2017, Forkner supostamente disse à agência que a empresa excluiria uma referência ao MCAS do manual do operador de voo e do curso de treinamento “porque está fora do envelope operacional normal.”
Em outro e-mail para um funcionário da FAA, datado de novembro de 2016, Forkner disse que estava trabalhando para “enganar a FAA, de forma a aceitar o treinamento que foi aprovado anteriormente”.
Uma série de e-mails comprometedores para Mark Forkner foram entregues em 2019 pela FAA aos juristas e ao Congresso dos EUA, sobre a ocultação de problemas relativos ao sistema de controle de voo do 737 MAX.
Em janeiro de 2021, a Boeing foi acusada por reter informações sobre o MCAS durante o processo de certificação da aeronave. Dois funcionários, incluindo Forkner sendo um deles, foram identificados como os principais culpados, com a “cultura de ocultação” que estava em vigor na empresa nesta época.
A Boeing concordou em encerrar o caso através de uma multa de US$ 2,5 bilhões.
Com informações do Aerotime
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