O presidente-executivo da Embraer, Francisco Gomes Neto, disse que o novo projeto de turboélice focado na aviação comercial está na lista de prioridades da empresa.
De acordo com Gomes Neto, em entrevista para o site FlightGlobal, os estudos para desenvolver esse novo turboélice já estão bem avançados, e algumas parcerias podem ser anunciadas no início do próximo ano.
“Esperamos ter notícias concretas sobre algumas parcerias potenciais no primeiro trimestre do ano que vem”, disse Gomes Neto, dizendo que a Embraer está estudando várias alternativas, seja comercial ou financeira, de parceria para o projeto.
Pelo período de desenvolvimento, no entanto é provável que esse turboélice utilize motores convencionais, ao contrário de alguns conceitos anteriores da Embraer, apontando uma propulsão híbrida, e este também pode aproveitar a fuselagem dos E-Jets.
A propulsão convencional é preferida devido à maturidade das tecnologias alternativas, disse ele.
O novo avião turboélice deve focar no mercado de 70 a 100 assentos, como já postado anteriormente, e ainda não tem prazo para ser lançado ou para a primeira entrega ser realizada.
Como meta, a Embraer espera uma perspectiva de demanda para 1000 novos aviões neste mercado de 70 a 100 assentos nos próximos 10 anos, mesmo que o novo turboélice seja lançado apenas após 2027.
Além disso, a fabricante fez uma estimativa de 2.320 aeronaves turboélices entregues entre 2019 e 2039. Este mercado é que chama a atenção da Embraer.
Motores híbridos no STOUT
Recentemente em uma apresentação no Dia do Aviador, a FAB deixou “escapar” a informação sobre o desenvolvimento de um novo avião para substituir os Embraer EMB-120 Brasília, trata-se do STOUT.
O segundo turboélice que a Embraer está estudando já incorpora o desenvolvimento inédito no Brasil de uma propulsão híbrida, de motores a combustão e elétricos.
A Embraer falou pouco sobre o projeto, mas Gomes Neto dá a entender que os detalhes virão. “Esperamos ter notícias concretas sobre o contrato [de desenvolvimento] … até o segundo trimestre do próximo ano”, disse ele. “Está indo muito bem.”
“Só agora estamos esperando um contrato para acelerar o desenvolvimento”, disse Gomes Neto, que falou sobre uma possível demanda para aviões civis. “Acho que o conceito está pronto … É uma bela aeronave.”
Entre as características do STOUT estão:
- O futuro STOUT (nome da aeronave em desenvolvimento) tem as dimensões equivalentes ao do C-97 Brasília;
- Propulsão híbrida;
- Alcance de 2.425 Km;
- Veloz e capacidade de operação em pistas curtas e não pavimentadas;
- Porta traseira para transporte de cargas e descargas com pallets, bem como transporte de veículos;
- Lançamento de paraquedistas (24) e transporte de 30 soldados;
- Possível conversam para transporte VIP;
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