F-15C da USAF realiza o primeiro disparo de míssil AIM-120 guiado por IRST

amraam aim-120 f-15 EUA
F-15C Eagle disparando um míssil AIM-120 AMRAAM. Foto: USAF.

Um caça F-15C Eagle do 85º Esquadrão de Avaliações e Testes (85th TES) da USAF realizou o primeiro disparo de um míssil AIM-120 AMRAAM guiado pelo sistema de busca e rastreio por infravermelho (IRST), abatendo com sucesso um drone QF-16. O evento ocorreu no dia 05 de agosto. 

O pod IRST Legion Block 1.5, desenvolvido e produzido pela Lockheed Martin, foi carregado no pilone central da fuselagem do F-15. A capacidade de rastreamento passivo do sensor foi combinada com o radar AESA AN/APG-63v3 do caça para transmitir a localização do alvo para o míssil de médio/longo alcance guiado por radar ativo, explicou o Major Brian Davis, Chefe de Táticas e Armamentos Ar-Ar do 85th TES. 

O F-15C Eagle com o míssil AMRAAM na asa e o pod IRST Legion. De forma bem-sucedida o pod foi capaz de guiar, através de datalink, o míssil até o alvo. Foto: Ten. Lindsey Heflin/USAF.

“[O sensor] Também não é suscetível à interferência de radiofrequência ou ao design de baixa observabilidade (stealth)  de um alvo”, disse o aviador. “Este teste bem-sucedido é significativo porque um F-15 equipado com um AIM-120 com indicação do IRST nos permite obter detecção, rastreamento, seleção de alvos, emprego de armas e verificação de uma interceptação sem depender da energia do radar.”

O teste também coincidiu com a avaliação de campo do pod Legion Block 1.5, onde membros do Esquadrão e da Força de Teste Combinada do Programa de Voo Operacional colaboraram para testar a caracterização do datalink para desenvolver ainda mais as táticas de rastreamento.

“Isso prova a capacidade do Departamento de Defesa e da Força Aérea dos Estados Unidos de atingir uma aeronave fora do espectro eletromagnético do radar tradicional”, disse o Tenente-Coronel Jacob Lindaman. “Combinar isso com a capacidade de também adotar o pod Legion em qualquer plataforma abre um precedente para o que está por vir.”

O pod IRST Legion montado no F-15C. Foto: Ten. Lindsey Heflin/USAF.

O uso do IRST fornece uma grande vantagem tática ao operador. Com esse tipo de sensor, já amplamente usado em caças russos há vários anos, a aeronave pode avistar e rastrear um alvo inimigo através do seu espectro infravermelho. Os IRSTs são sensores passivos, logo, a aeronave inimiga não recebe nenhum alerta de que está sendo rastreada, ao contrário da busca empregando o radar. Com o emprego do datalink, o pod passa  informações do alvo ao armamento. Ainda assim, o IRST tem menos alcance de detecção e pode sofrer interferência das condições meteorológicas. 

Foto: Ten. Lindsey Heflin/USAF.

O teste de sucesso com o míssil AMRAAM, um dos principais armamentos do arsenal dos EUA, ocorre menos de um ano depois que a USAF testou de forma bem-sucedida a integração do Legion com o AIM-9X Sidewinder (míssil de curto alcance guiado por infravermelho) bem como o primeiro voo de um F-16 equipado com o sensor, destaca a 23ª Ala, organização com sede na Base Aérea de Eglin, na Flórida. 

Via Defense Visual Information Distribution Service

 

Quer receber nossas notícias em primeira mão? Clique Aqui e faça parte do nosso Grupo no Whatsapp ou Telegram.

 


Estudante de Jornalismo na UFRGS, spotter e entusiasta de aviação militar.