Na última sexta-feira (14), a Administração Federal de Aviação (FAA) anunciou que está analisando um pedido da FedEx para obtenção de um certificado de tipo suplementar feito em outubro de 2019 para a instalação de sistemas antimíssil infravermelho no Airbus A321.
Chama a atenção o fato da FedEx nem sequer possuir o A321 em sua frota, indicando o interesse da operadora cargueira em adquirir o jato de corredor único da Airbus. Curiosamente, em 2007, a FedEx fez uma série de testes com a Northrop Grumman ao instalar sistemas antimísseis em aeronaves DC-10F.
Agora, a FAA fará revisões para o pedido da FedEx e o encaminhará para os comentários públicos.
“O sistema de defesa antimíssil de interesse da FedEx direciona a energia laser infravermelha em direção a um míssil de entrada, em um esforço para interromper o míssil que está rastreando o calor da aeronave”, diz o documento da FAA.
Apesar de parecer um exagero a instalação de sistemas antimísseis em uma aeronave civil, a preocupação é real por parte dos operadores aéreos. Em 2003, um míssil terra-ar acertou a asa esquerda de um Airbus A330 da DHL, logo após a sua decolagem.
Além disso, em julho de 2014 um Boeing 777 da Malaysia Airlines foi atingido por um míssil russo enquanto sobrevoava a Ucrânia, matando 298 pessoas. E mais recentemente, no ano de 2020, um Boeing 737–800 da Ukraine International Airlines foi alvo de um míssil disparado pelo exército iraniano após os soldados confundirem o jato como um alvo hostil, totalizando a morte de 176 pessoas.
Ainda não se sabe se de fato a FedEx de fato irá adquirir o Airbus A321P2F, mas existe uma grande possibilidade, já que a companhia está aposentando algumas unidades do DC-10F, bem como algumas unidades do Boeing 757 também deixarão de fazer parte da frota no futuro, deixando uma lacuna que pode ser substituída perfeitamente pelo A321 a depender do mercado de atuação.
Com informações: FlightGlobal
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