FAA distribui US$ 100 milhões para desenvolver tecnologias das novas aeronaves

A Federal Aviation Administration (FAA) distribuiu nas últimas semanas US$ 100 milhões em fundos para pesquisa. A finalidade é avançar com os estudos de novos aviões, capazes de reduzir a emissão de CO2 e o ruído.

As empresas Boeing, GE Aviation, Honeywell Aerospace e Pratt & Whitney estão entre as beneficiadas desse programa chamado CLEEN. Além dessas empresas, que fabricam aeronaves ou motores, a FAA também distribuiu fundos de pesquisa para a Delta Airlines e a GKN Aerospace, no Reino Unido.

Boeing NMA

Imagem: Leeham News

No documento lançado pela FAA, a Boeing é listada como a empresa que vai pesquisar um método de reduzir o ruído criado pelas asas da aeronave. A otimização aerodinâmica das aeronaves já está sendo estudada pela Boeing há anos, através do seu projeto “ecoDemonstrator”, apesar da rival Airbus estar claramente na frente.

Já a GE Aviation, conhecida pela fabricação de motores aeronáuticos, promete desenvolver um motor ainda mais econômico, em comparação com os atuais CFM Leap 1 e o GE9X. A aposta será na tecnologia propfan, com o uso de engrenagens para reduzir a rotação entre diferentes partes do motor.

Possível configuração de motor para as novas aeronaves, com o propfan montado acima das asas.

Esse projeto foi apresentado recentemente pela GE, prometendo uma redução de 20% no consumo em relação ao Leap 1. Você pode conferir Clicando Aqui.

Além disso, a GE vai unir sua experiência na parte de energia com a propulsão aeronáutica, para criar um esquema de propulsão híbrido, além de tecnologias que ajudam a reduzir a emissão de CO2, como o taxiamento elétrico da aeronave.

A Pratt & Whitney, concorrente da GE, continuará nos estudos de como tornar o motor turbofan ainda mais eficiente e silencioso. Utilizando como base o motor com engrenagens de redução, da linha Pure Power, a PW promete reduzir em até 20% o consumo de combustível.

A Honeywell que atua no mercado de aviões executivos e na fabricação de APUs também se concentrará em melhorar os motores das aeronaves, criando um fan, compressores e um conjunto de turbina mais eficientes, reduzindo o ruído e consumo de combustível.

Várias empresas, incluindo Delta TechOps e GKN, criarão materiais para motores resistentes à corrosão e desgaste por uso intenso.

A agência deu início ao projeto CLEEN em 2010 e investiu US$ 225 milhões nas duas primeiras fases. Agora, a FAA está na última parte do projeto, prometendo ainda distribuir mais US$ 200 milhões nos próximos cinco anos. Essas tecnologias devem entrar em operação até 2031.

 

 

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