(Reuters) – A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) está monitorando todos os jatos comerciais Boeing 737 MAX em voo. A instituição anunciou na sexta-feira (19) que está realizando o monitoramento em parceria com a Aireon LLC.
Ainda em novembro do ano passado, a Aireon e a L3Harris informaram sobre uma nova parceria com a FAA, dando à agência amplo acesso aos dados de vigilância de tráfego aéreo em tempo real Automatic Dependent Surveillance-Broadcast (ADS-B).
A FAA disse na sexta-feira que “a Aireon está fornecendo à agência os dados de voo ADS-B de todas as aeronaves Boeing 737 MAX”.
“O sistema da Aireon sinalizará desvios de certos parâmetros durante todas as fases do voo e alertará a divisão de segurança da aviação da FAA. Os engenheiros e inspetores de segurança usarão a notificação antecipada para analisar o incidente”, disse a agência.
O monitoramento do 737 MAX começou em 29 de janeiro, disse o diretor de tecnologia da Aireon, Vinny Capezzuto, durante um evento na web em 12 de fevereiro organizado pela Aviation Week.
“Você pode literalmente monitorá-lo em um display de consciência situacional e ele tem detecção de eventos associada a ele”, disse Capezzuto, acrescentando que a FAA pode procurar códigos de emergência e rastrear outros dados.
O sistema envia um e-mail para a FAA “quando os eventos são detectados e todos os dias você recebe um boletim informativo sobre dados de voos do dia anterior”, afirmou o diretor.
A FAA usou dados da Aireon em sua decisão de aterrar toda a frota do 737 MAX em março de 2019, dias após o segundo acidente fatal do 737 MAX em cinco meses.
A FAA suspendeu o aterramento de 20 meses do 737 MAX em novembro, depois que a Boeing fez uma série de melhorias de segurança de software e mudanças de treinamento.
A Boeing não comentou imediatamente.