FAA reduz ainda mais o ETOPS do Boeing 787 equipado com motores Rolls-Royce

Boeing 787
Foto - Boeing/Divulgação

Depois da FAA (Federal Aviation Administration) limitar os aviões Boeing 787 Dreamliner equipados com motores Rolls-Royce Trent 1000 ao ETOPS 140, uma nova diretriz emitida nesta semana acabou limitando ainda mais a operação da aeronave em voos de longa distância. O Boeing 787 equipado com esses motores agora só pode fazer voos até 60 minutos longe de outro aeroporto.

O ETOPS 330min, que antes estava em vigor para o 787, facilita rotas transoceânicas, principalmente aquelas que necessitam de atravessar o Oceano Pacífico, como os voos do Sudeste da Ásia para os EUA, e Austrália para os EUA. Tal regra determina que a aeronave pode voar a uma distância especifica, que compõe um raio onde não conta com opções de aeroporto para alternar, caso aconteça uma pane com algum motor.

Com essa regra do ETOPS 60, o Boeing 787 (RR Trent 1000) só poderá fazer voos em que a rota não se afaste mais de 60 minutos de voo de algum aeroporto alternativo, praticamente anulando a capacidade do avião de fazer voos em área desabitadas, como o Oceano Atlântico e Pacífico.

Essa diretriz da FAA não afeta muito os aviões que já voam nos Estados Unidos, visto que as companhias de lá usam os motores GE GEnx-1B, mas afeta as companhias que já operam por lá com esse tipo de avião, como a Air Europa, British Airways e a Latam. Além disso, as decisões da FAA também são levadas em consideração por outros órgãos, como a EASA.

A única exceção, que mantém os motores Trent 1000 no ETOPS 140, são para aqueles com menos de 300 ciclos de uso, o que significa aproximadamente um ano de uso, para aviões que fazem voos de média e longa distância.

Por isso a FAA denominou a imposição dessas limitações, devido aos problemas enfrentados pelos motores Rolls-Royce Trent 1000 de desgaste acentuado dos seus componentes internos, como abordado nesta postagem.

A nova limitação também foi baseada na precaução, visto que caso um motor falhe, o outro precisa operar com potência máxima até chegar em um aeroporto de alternativa, caso este for muito distante o motor que sobrou precisará ficar mais tempo em esforço máximo e, portanto, com maior probabilidade de falhas internas.

Via – CH Aviation

 

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