Desde que a Força Aérea Brasileira (FAB) abriu as portas para as primeiras mulheres incorporarem seu efetivo, em 1982, novos capítulos dessa história continuam a ser escritos, dia após dia, com a competência e o empenho necessário para superar os desafios.
O Ingresso da Mulher Militar na FAB ocorreu em virtude da criação do Corpo Feminino da Reserva da Aeronáutica, formado pelo Quadro Feminino de Oficiais (QFO) e pelo Quadro Feminino de Graduados (QFG), este último composto por Sargentos e Cabos.
Ao longo do tempo, a competência e o profissionalismo demonstrados por essas pioneiras serviram para consolidar a importância da incorporação das mulheres na FAB.
“É uma emoção muito grande fazer parte desses 40 anos. Foi um acidente ser a primeira mulher da história porque eu passei sozinha no concurso e eu queria ter outras companheiras naquele momento. Junto comigo eu tive grandes companheiros com isso tudo, me sinto honrada neste momento, tive muita força dos meus colegas de trabalho e do meu chefe é uma honra muito grande”, lembra.
“Por fim, gostaria de citar um trecho do poema “O homem e a mulher” do escritor francês Victor Hugo, o qual é capaz de sintetizar o respeito às características diferentes, porém complementares. […] o homem está colocado onde termina a terra; a mulher, onde começa o céu!’ Parabéns às mulheres da Força Aérea Brasileira, exemplos de Amor, Coragem e Dever!”, finalizou o Oficial-General.
A Suboficial Ivanilda falou sobre a emoção em fazer parte da história da mulher na FAB. “É mais do que um orgulho estar aqui. É a realização de um sonho que passa para as próximas gerações. Certamente daqui muitos anos vão contar que alguém teve coragem de entrar na FAB e que isso produziu um mercado novo para as mulheres, um mercado em expansão”, declarou.
Já a Tenente-Coronel Rita falou sobre a emoção em vestir a farda a azul. “Esse momento para mim, eu vou falar a vocês com meu coração, é uma emoção porque em 1982 nós estávamos chegando aqui eu tinha só 18 anos então sair de casa para uma vida nova e colocar essa farda azul modificou totalmente a minha vida e eu não me arrependo de absolutamente nada, eu sou muito grata a todas as mulheres que vieram depois que começamos a desbravar caminho”, finalizou.
“Vejo a importância das mulheres na FAB como um sinal de igualdade, de mostrar que nós também podemos fazer as mesmas atividades, as mesmas ações dos homens, prova disso é militarismo, onde nos alcançamos comando a minha função de Graduado-Master, que sou a segunda, a função de enfermagem que é uma atividade de apoio e que não é tão visível assim. Isso mostra que é um processo isento que realmente é um mérito, não importa se você é homem ou mulher. Na minha função foi uma oportunidade de conhecer todas as atividades da Força Aérea”, concluiu,
A Brigadeiro falou a importância em ser mulher na FAB: “A presença feminina na FAB é um reflexo natural da evolução social. Entrei há 32 anos e fui incluída nas fileiras da FAB, percebo que os valores organizacionais eles facilitaram muito a acolhida da mulher no meio militar, portanto uma vez a gente inserida, incluída todas as oportunidades são iguais. A prova disso sou eu Oficial-General tendo calcado tantos postos. A maior parte da minha trajetória é dedicada saúde operacional e existencial e em 2015 na área gerencial, é fundamental que a mulher se predisponha a também participar do poder militar do nosso Brasil”, finalizou.
Inauguração do Monumento alusivo aos 40 anos do Ingresso da Mulher na FAB
Na oportunidade foi restaurado o busto que em 2007 foi inaugurado nas antigas instalações do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica na Pampulha (MG), em celebração aos 25 anos do Ingresso da Mulher Militar, que por sua vez em 2018 devido a mudança do CIAAR para Lagoa Santa o monumento havia sido retirado e posteriormente seria inaugurado nas novas instalações.