FAB realiza resgate de enfermo em navio estrangeiro na costa brasileira

O Esquadrão Falcão (1º/8º GAV), sediado na Ala 10, em Parnamirim (RN), resgatou, nesta sexta-feira (10), um Oficial da Marinha Mercante que estava a bordo de navio de bandeira japonesa que navega na costa brasileira.

O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), organização da Força Aérea Brasileira (FAB) responsável pela coordenação de missões aéreas, acionou o Esquadrão após o contato do Centro de Coordenação de Salvamento Aéreo (SALVAERO) de Recife.

Antes da decolagem, um médico do Hospital de Aeronáutica de Recife analisou as informações recebidas  pelo Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo (SALVAMAR) sobre o estado da vítima, que apresentava quadro de apendicite aguda e precisava de intervenção cirúrgica imediata.

O navio Hercules Leader, oriundo do Japão, foi localizado a cerca de 240 km da costa brasileira, na direção da cidade de Natal (RN).A aeronave H-36 Caracal decolou de Parnamirim (RN) e voou até a posição do navio para realizar o resgate. O helicóptero manteve o voo pairado enquanto os homens de resgate SAR (do inglês, Search and Rescue – Busca e Salvamento) desceram até o convés, imobilizaram a vítima e a içaram em uma maca.

Ao final, o Esquadrão transportou o paciente para a capital do Rio Grande do Norte para receber atendimento médico especializado. Toda a operação durou aproximadamente duas horas.

A tripulação do helicóptero, formada por dez militares, sendo dois pilotos, um mecânico, dois operadores de equipamentos, três homens de resgate, uma médica e uma enfermeira, usou trajes especiais para minimizar o risco de qualquer contaminação.

De acordo com o Comandante do 1º/8º GAV, Tentente-Coronel Délcio Claudio Santarém Junior, a pronta resposta no cumprimento da missão foi essencial, principalmente porque a intervenção cirúrgica no enfermo deveria ser imediata.

“Salvar vidas é a nossa missão precípua. Nós existimos ‘para que outros possam viver’. Estamos aqui de prontidão 24 horas por dia. E, quanto melhor for a pronta-resposta, maior é a chance do sobrevivente”, ressaltou.

Para o Sargento Gerson Cláudio Chermond Torres, homem de resgate que participou da missão, o comprometimento dos envolvidos é fundamental para uma missão de resgate como essa. O sentimento de salvar vidas é indescritível, segundo ele.

“É muito bom ver o comprometimento do Esquadrão como um todo, da preparação até a execução do resgate, o envolvimento de todos, sabendo que tem alguém precisando de apoio e esperando por esse resgate. Não tem como mensurar o sentimento que eu tenho nesse momento. Salvar vidas é o que nós nos propomos a fazer”, declarou.

O Comandante da missão, Capitão Aviador José Wellington Félix de Carvalho, destacou que a comunicação prévia com a tripulação do navio foi importante para que a missão transcorresse conforme o planejado.

“Conseguimos contato com o navio com bastante antecedência. Isso possibilitou que chegássemos mais preparados para o resgate, com uma boa ideia do que iríamos encontrar. Além disso, os treinamentos que fazemos diuturnamente, no Esquadrão, nos proporcionaram condições de realizar um resgate rápido e objetivo”, completou.

A Tenente Médica Patrícia Bastos de Aguiar Martins Costa participou da missão, acompanhando o paciente durante o voo e mantendo-o estável. Segundo ela, o quadro de infecção abdominal do resgatado era motivo de alerta.

“Quanto mais rápido o resgate de paciente que apresenta infecção abdominal, melhor será sua recuperação, pois evita-se que essa infecção se dissemine pelo resto do corpo e leve a um quadro de choque séptico”, explicou.

 

PREPARO

Um dos fatores fundamentais para o sucesso de qualquer missão é o preparo operacional das tripulações. Para atingir alto nível técnico e doutrinário, agindo com a pronta-resposta requerida na execução das ações, os Esquadrões da Força Aérea realizam treinamentos regulares.

Neste contexto, o Comando de Preparo (COMPREP) tem papel relevante. Como Comando Operacional encarregado de fixar os padrões de eficiência, planejar o treinamento e avaliar o desempenho das unidades subordinadas, a partir das capacidades definidas pelo Comandante da Aeronáutica, também coordena a formulação da Doutrina Aeroespacial, em consonância com as experiências adquiridas e os sistemas de armas incorporados à FAB.

 

 

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