Falência de Thomas Cook estimula o Reino Unido a agir

A Thomas Cook Airlines no Reino Unido parou seus serviços em 23 de setembro, quando o operador turístico, em dificuldades, entrou com pedido de liquidação compulsória.

A incapacidade de usar essas aeronaves paradas para o programa de repatriação ‘Operation Matterhorn’ parece ter estimulado o governo a agir de acordo com as medidas recomendadas em uma análise de insolvência de companhias aéreas, realizada após a falha da Monarch Airlines em outubro de 2017.

Essa revisão, publicada em maio deste ano, destaca dificuldades específicas no Reino Unido com o uso de frotas de uma transportadora na administração para repatriar clientes, e recomenda o desenvolvimento de um regime administrativo especial que apoie essa medida.

“Parece haver um desejo muito forte em todo o parlamento de fazer algo com a revisão da insolvência”, disse o secretário de transportes Grant Shapps à câmara baixa do parlamento em 25 de setembro.

Ele sinalizou que – embora o problema fosse multifacetado e não fosse simples de resolver – o governo estaria preparado para apresentar a legislação primária necessária.

“[A revisão] sugeriu que deveríamos ter regras diferentes das regras alemãs para permitir que nossas companhias aéreas negociassem na administração. Isso facilitaria enormemente o repatriamento, porque poderíamos usá-las”.

A Operação Matterhorn exigiu que a Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido construísse uma companhia aérea temporária, usando capacidade extra de outras operadoras, para trazer de volta 150.000 passageiros da Thomas Cook.

Mas Shapps ressalta: “Devido ao tamanho, complexidade e abrangência geográfica dos negócios da Thomas Cook, não foi possível replicar o programa de vôos da companhia aérea e sua programação”.

Ele diz que a análise de insolvência das companhias aéreas “fornece algumas idéias úteis sobre coisas que poderiam ser feitas”, algumas das quais, mas não todas, exigiriam legislação primária.

“Não podemos continuar voltando a essa situação”, diz ele. “É terrível para os passageiros e para todos os envolvidos, e há um problema em encontrar aeronaves suficientes para a resolução dessa situação quando ela acontecer”.

Devido à necessidade da Autoridade de Aviação Civil de se concentrar em seus esforços para repatriar os passageiros da Thomas Cook, os participantes do esquema de Licença do Organizador de Viagens Aéreas – que protege os clientes – tiveram sua validade de ATOL estendida após a data de renovação de 1º de outubro para a data de 25 de outubro.

“O prolongamento do prazo é possível dentro de nossos regulamentos, mas é sem precedentes e reflete as circunstâncias excepcionais em que nos encontramos”, diz Michael Budge, chefe de operações de licenciamento da ATOL.

“O tempo extra permitirá que a indústria tenha tempo adicional para apoiar os clientes em um período difícil e dar a eles espaço e tempo para reunir as coisas para atender aos termos de suas renovações”.

Via – FlightGlobal

 

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