Uma falha de design é a causa principal para rachaduras encontradas em quase toda frota de helicópteros CH-148 Cyclone da Força Aérea Real Canadense. Das 23 aeronaves em serviço, 21 apresentaram rachaduras e foram enviadas para reparos. 

Em novembro de 2021, foi revelado que quase todos os CH-148 da RCAF estavam temporariamente fora de operação depois que um helicóptero apresentou rachaduras na cauda durante uma inspeção de rotina na base do 443º Esquadrão de Helicópteros Marítimos em Patricia Bay, na Ilha de Vancouver.

O problema precoce – os helicópteros entraram em operação 2018 – chamou a atenção da Força Aérea, que ordenou inspeções no restante da frota, revelando que apenas dois de um total de 23 CH-148 não apresentavam rachaduras. Após uma investigação, conclui-se que a maior causa das rachaduras foi a instalação de equipamentos de guerra eletrônica e comunicação via satélite, aliados ao estresse do voo. 

Segundo o portal Aerotime, o Departamento de Defesa Nacional do Canadá informou que 11 das 21 aeronaves já foram consertadas e outras quatro ainda estão em reparos. Cada helicóptero requer uma correção exclusiva usando “técnicas padrão de trabalho em metal para aeronaves”, diz o Departamento. 

Baseado no Sikorsky H-92 Superhawk (versão militar do S-92), o CH-148 é um helicóptero empregado em missões de guerra antissubmarino, busca e salvamento, inserção e extração de tropas, transporte e outras, operando a partir dos navios da Marinha Real Canadense.

As aeronaves foram inicialmente encomendadas em 2004 para substituir o CH-124 Sea King, mas entraram em serviço com 10 anos de atraso. Em abril de 2020, um CH-148 caiu no mar durante exercícios da OTAN no Mar Mediterrâneo. O acidente, que causou a morte dos seis militares a bordo, fez com que a RCAF aterrasse as aeronaves temporariamente por dois meses. 

Segundo a Sikorsky, a frota mundial de S-92 não é afetada pelo mesmo problema das aeronaves do Canadá. A companhia também diz que continua analisando o problema e trabalhando em uma correção permanente.