Os motores Pratt & Whitney F135 são a mais nova fonte dos aparentemente intermináveis problemas do caça de quinta geração Lockheed Martin F-35 Lightning II. Segundo uma fonte do site Defense News, poderá levar meses até que os novos problemas sejam sanados.
O Escritório Conjunto do Programa F-35 afirmou que os motores tem dois grandes problemas, sendo o primeiro no Centro de Manutenção Pesada do F135 na Base Aérea de Tinker (Oklahoma), que não está conseguindo realizar os trabalhos nos motores na velocidade que fora planejada anteriormente.
Já o segundo é que os técnicos estão descobrindo “desgaste prematuro dos revestimentos das pás do rotor” do motor, em um alguns módulos de potência do motor, criando mais trabalhos de reparo e contribuindo para o acúmulo de motores no Centro.
De acordo com o escritório do programa F-35, o Departamento de Defesa percebeu pela primeira vez sinais do problema de falta de motor no início de 2020.
No final do verão, o departamento recebeu uma atualização que deixou claro que o Centro de revisão do F135 não seria capaz de processar 60 módulos de potência do motor por ano, como era esperado, disse a fonte de defesa.
Uma série de fatores contribuiu para a desaceleração dos trabalhos, incluindo “um aumento no escopo de trabalho que eles estavam vendo enquanto desmontavam o motor, a indisponibilidade de dados técnicos, parte do tempo de espera por suporte de engenharia, a falta de equipamento de suporte disponível e … proficiência da força de trabalho do centro”.
O escritório do programa F-35 já contratou a Pratt & Whitney para fornecer suporte adicional de reparo do módulo de energia e está trabalhando com o contratante para obter mais treinamento, equipamento de suporte e dados técnicos.
Para mitigar com o acúmulo de manutenção, a Força Aérea dos EUA (USAF) irá adicionair um segundo turno de trabalho no Centro de Manutenção Pesada do F135, o que deverá se concretizar em junho.
Em janeiro, Ellen Lord, então a principal autoridade de aquisições do Departamento de Defesa, disse a repórteres que os problemas no motor eram um dos principais causadores das baixas taxas de disponibilidade e capacidade de missão do F-35, que ficaram em 69% no mês passado.
Ainda no mês passado um relatório revelou que o F-35 segue em operação com mais de 870 falhas não resolvidas.
Apesar dos problemas, o caça vem sendo adquirido em grandes quantidades. O último cliente do F-35 foram os Emirados Árabes, todavia, o acordo que previa a aquisição de 50 caças está sendo revisado pelo presidente Joe Biden. Até agora mais de 600 unidades do polêmico caça já foram produzidas.