Filho de ditador africano é barrado no Aeroporto de Viracopos, ao entrar no país com fortuna não declarada

Aeroporto de Viracopos
Foto - Aeroporto de Viracopos/Divulgação

Uma comitiva da Guiné Equatorial, um país africano, foi apreendida na sexta-feira de tarde ao chegar no Aeroporto de Viracopos com um avião do próprio país.

De acordo com o divulgado pela Polícia Federal e a Receita, o avião foi revistado logo após parar no pátio do aeroporto e todos os passageiros e tripulantes foram impedidos de passar pela imigração antes da inspeção da aeronave.

Durante às quatro horas que se seguiram, os funcionários da Receita Federal acharam várias quantias de dinheiros nas malas no valor de US$ 1,4 milhão em uma mala e R$ 55 mil em outra, além disso em uma das malas, pertencente ao Vice-Presidente do país, tinha 20 relógios avaliados em US$ 15 milhões.

Foto – Divulgação

Dezenove malas foram apreendidas, e outras de cunho diplomático estão sob responsabilidade do Itamaraty. A missão não era diplomática, o que pode dificultar a posse das 19 malas pessoais, caso as malas fossem declaradas como diplomáticas, elas estariam liberadas de vistoria no país de destino.

No próprio aeroporto membros da comitiva foram levados para esclarecer o conteúdo achado nas malas, e a tentativa dos seguranças de barrarem os policiais federais. O Vice-Presidente do país foi liberado dessa argumentação com autoridades locais.

Foto – Divulgação

De acordo com os passageiros envolvidos, o dinheiro seria usado para uma missão realizada após a passagem pelo Brasil, em Cingapura, e os relógios são de Teodoro Obiang Mang, filho do ditador da Guiné Equatorial e que estaria presente no voo, vindo ao Brasil para um tratamento médico.

 

Outras ocasiões

A Guiné Equatorial é dita como patrocinadora do destile da escola de samba Beija-Flor em 2015, ao fornecer R$ 10 milhões para a escola, com finalidade de fazer um desfile com o tema do país. Na ocasião o filho do ditador e vice-presidente, esteve presente no Brasil para assistir ao desfile.

Empresas do país também são citadas na Lava Jato, devido aos favorecimentos do governo para a realização de obras em países africanos, através das construtoras brasileiras. As obras foram financiadas com dinheiro do BNDES.

 

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