Entre 26 e 29 de abril, equipes de testes da Dassault, Diretoria Geral de Armamentos (DGA), Marinha Francesa e Força Aeroespacial da França conduziram a primeira campanha de testes do padrão F4 do caça Dassault Rafale.
A nova versão, anunciada pela fabricante em janeiro de 2019, traz melhorias ao(s):
- Radar de varredura eletrônica ativa (AESA) Thales RBE2
- Pod de pontaria de identificação de alvos Thales TALIOS
- Pod RECO NG de reconhecimento
- Sistemas de comunicação
- Suíte de guerra eletrônica
Também adiciona:
- Integração com os mísseis MICA NG
- Bombas guiadas modulares AASM de 1000 kg
- Uso de capacete com mira integrada
- Nova unidade de controle dos motores Snecma M88
O upgrade também vai “inserir o Rafale na era do combate colaborativo”, de acordo com o Ministério da Defesa Francês. “Oito missões complexas representando 50 surtidas de aeronaves foram realizadas por equipes de teste da DGA, da Marinha francesa, da Força Aérea e Espacial Francesa e da Dassault Aviation”, afirmou o Ministério.
Foram usados dois Rafales atualizados para o padrão F4.1 no atual estado de desenvolvimento, dentro de um complexo componente aéreo ainda maior composto de oito aeronaves atuando em cenários táticos realistas, inclusive com reabastecimento em voo a partir de um Airbus A330 MRTT Phénix.
No total, foram empregados oito Rafales – dois do modelo Rafale M naval -, dois Mirage 2000 e dois jatos de treinamento Alpha Jet. Os testes foram conduzidos a partir da Base Aérea 125 Istres-Le Tubé, noroeste de Marselha.
Equipados com capacetes com sistema de mira Scorpion, desenvolvido pela Thales, os pilotos do Rafale F4 puderam implementar as novas funcionalidades de combate colaborativo, em particular a localização precisa de outras aeronaves por meios passivos dentro de uma patrulha.
Usado em diversas plataformas, como A-10C Thunderbolt II, F-5AT Tiger II aggressor e F-16 Fighting Falcon, o Thales Scorpion funciona projetando informações de voo e datalink em um monóculo montado sobre o olho direito do tripulante, diferente do JHMCS americano usado por múltiplos países, onde a informação é projetada na viseira do capacete.
O uso desse tipo de equipamento traz vantagens no aumento da consciência situacional e agilidade de identificar e engajar alvos tanto em solo quanto no ar, mas pode ser desconfortável por tornar o capacete mais pesado.
Colaboradores da Thales e MBDA também estiveram presentes para monitorar o desempenho dos voos de teste em tempo real, a fim de fornecer sua expertise e se beneficiar diretamente do feedback das tripulações, rico em lições para orientar os desenvolvimentos atuais.
A próxima campanha RAU (Revisão de Prontidão para Uso) do Rafale F4 também terá como objetivo a avaliação das capacidades deste novo padrão no escopo de missões Ar-Superfície.
Além da França, o Rafale está em serviço na Índia, Catar e Egito, além de já ter sido adquirido pela Grécia. Um jornal da Croácia afirmou que o país também estaria adquirindo 12 unidades do caça francês.
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