GOL vai retirar mais aviões 737 NG e colocar os 737 MAX em operação

GOL

Na sua última atualização aos investidores, publicada nesta quinta-feira (19), a GOL Linhas Aéreas divulgou um pouco mais sobre as suas perspectivas para a frota, e reafirmou o retorno do 737 MAX aos voos comerciais ainda em 2020.

A companhia encerrou outubro de 2020 com uma frota total de 128 aviões Boeing 737, sendo 7 especificamente do modelo 737 MAX 8.

A GOL ainda divulgou que espera retirar neste ano cerca de 14 aviões 737 NG da sua frota, sendo que 11 já foram devolvidos, e 3 devem sair entre novembro e dezembro da frota.

Além disso, a companhia reduziu em 34 aviões os recebimentos do Boeing 737 MAX previstos para 2020-2022. A empresa ainda deve receber em breve 13 aviões que já foram fabricados pela Boeing.

A encomenda total da GOL para o 737 MAX é de 95 aviões. A companhia diminuiu a quantidade de aeronaves encomendadas ao longo da pandemia, a encomenda original é para 135 aviões.

A GOL estima, no melhor cenário, que o MAX retornará à operação em sua frota até o final de 2020. Ontem o avião foi autorizado a voar através da FAA, mas ainda depende da aprovação de outras agências regulamentadoras, como a ANAC.

 

Gestão de frota e economia de custos

Esses cancelamentos representam uma redução definitiva nos gastos de investimentos por adiantamentos de aquisição de aeronaves (pre-delivery deposits), e endereça o planejamento de capacidade da Companhia para os próximos anos, com opção de financiar totalmente os gastos com aeronaves e revisão de motores remanescentes em 2020.

Com 87 aeronaves operando na malha, a reabertura planejada de três bases e o aumento de voos entre São Paulo e Rio de Janeiro, as operações aéreas diárias cresceram 34% sobre setembro/20, e foram equivalentes a 52% do realizado no mesmo período do ano passado.

Os contratos de aeronaves da GOL foram ajustados à recuperação da demanda para o restante de 2020 e para 2021 e, também, representarão uma efetiva economia na estrutura de custos unitários da companhia.

Adicionalmente, a companhia reduziu seus custos fixos pela conversão de uma parcela dos pagamentos mensais de arrendamentos para variáveis (power-by-the-hour), ou seja, deixou de pagar o leasing mensal para um pagamento por horas de voo de cada avião.

A GOL retém ainda mais flexibilidade de ativos, uma vez que seus contratos atuais permitem a redução de sua frota em até outras 30 aeronaves em 2021-2022 se necessário, além de poder devolver um número superior caso as tendências de demanda sejam mais tímidas.

 

 

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