Na última semana o Governo Holandês aumentou a sua participação no Grupo Air France-KLM, que administra a empresa de bandeira da Holanda, a KLM, para cerca de 14,4%.
Toda a negociação foi realizada rapidamente, e sem esclarecimentos, o custo total foi de 744 milhões de euros por 12,68% das ações, e diminuiu a relevância da França no grupo.
Devido à falta de aviso e rapidez da compra, o Governo da França pediu uma explicação por parte da Holanda sobre essa movimentação, até mesmo o presidente Emmanuel Macron tentou entrar em contato com o país para esclarecer esse assunto.
“O governo francês não foi informado sobre essa decisão e sua implementação. Agora cabe ao governo holandês esclarecer suas intenções”, disse Macron.
Isso resultou até mesmo na viagem do ministro holandês de finanças, Wopke Hoekstra, para a França, neste último fim de semana, com objetivo de explicar a compra de parte do grupo.
Bruno Le Maire, que é Ministro da Economia da França, mostrou uma posição não favorável ao negócio realizado pela Holanda.
De acordo com os holandeses, há uma vontade de preservar os interesses do país no grupo, como deixar Amsterdã-Schiphol com um dos hubs e evitar que a Air France altere as operações da lucrativa KLM, que é uma das poucas empresas do grupo em estável crescimento e sem crises internas, como a que afetou toda a Air France com várias greves de tripulantes em 2018.
O Governo da França tem cerca de 14,3% das ações no Grupo Air France-KLM, o que dá o mesmo poder de voto da Holanda após a aquisição da última semana. Uma outra parte das ações são negociadas na Euronext, com o código AF.
Além dessa parte, a Delta Air Lines e a China Eastern Airlines detêm 8,8% cada, os funcionários têm uma participação de 3,9%.
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