Governo dá um importante passo para relicitar o Aeroporto do Galeão

Aeroporto do Galeão RIOgaleão
Foto - Divulgação / RIOgaleão

A ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) deu mais um passo nesta última quinta-feira (11/08) para autorizar a relicitação do Aeroporto do Galeão, o maior terminal aéreo do Rio de Janeiro.

Um decreto de relicitação do terminal foi autorizado pelo Presidente da República Jair Bolsonaro, e publicado no Diário Oficial da União. Com este passo, o terminal poderá ser incluído nos trâmites da 8ª rodada de concessão de aeroportos, que acontecerá em 2023.

No trâmite do processo, após a aprovação dos estudos (que já ocorreu), uma proposta de modelagem é aprovada pelo governo e agência reguladora, e encaminhada para apreciação em audiência pública, seguida de análise do Tribunal de Contas da União (TCU). Se aprovado pela Corte de Contas, o edital do leilão é publicado com a data de realização do certame. 

A previsão da ANAC é leiloar o Aeroporto do Galeão juntamente com o Santos Dumont, em um único bloco, com foco em reduzir riscos operacionais para a futura operadora, e evitar a concorrência entre os terminais.

 

Histórico de operação do Aeroporto do Galeão e nota oficial

Em 2013 a Odebrecht ganhou o leilão do Aeroporto do Galeão com um ágio de R$ 19 bilhões, em um lança quase único 294% acima do preço mínimo do leilão. A Changi entrou com uma participação minoritária, mas ganhou a administração do terminal após a Odebrecht, na época em crise, repassar sua participação para a operadora de Cingapura.

Aeroporto do Galeão / Santos Dumont

O valor foi superior até mesmo ao apresentado em 2012 pela GRU Airport para a concessão do Aeroporto de Guarulhos, o maior do Brasil e porta de entrada para passageiros de voos internacionais.

Desde que assumiu em 2014, o RIOgaleão ampliou a capacidade do aeroporto e aprimorou sua operação. Com um investimento de R$ 2,6 bilhões, construiu um novo píer (extensão do Terminal 2) e proporcionou melhorias fundamentais ao serviço em tempo recorde para os Jogos Olímpicos Rio 2016.

Em nota a Changi disse que: “Brasil sofreu uma profunda recessão econômica de 2014 ao início de 2016, quando o PIB encolheu aproximadamente 3,5% a.a em dois anos consecutivos. Além disso, a queda na demanda global por commodities provocou um fraco crescimento econômico do país durante a fase de pós-recessão, período em que o tráfego total de passageiros no país caiu cerca de 7%. Já em 2020, quando o setor aéreo mal havia se recuperado ao nível de 2013, a pandemia de Covid-19 provocou uma queda de 90% do número de voos no Brasil e enfraqueceu ainda mais as condições de operação do aeroporto.

Em 2020 e 2021, o governo federal atuou de forma diligente no apoio ao setor de aviação civil. A recuperação, no entanto, foi lenta e o Covid-19 continuará afetando a indústria da aviação nos próximos anos.

O RIOgaleão continuará mantendo os padrões de segurança e qualidade na operação aeroportuária e honrará os compromissos e contratos com seus funcionários, credores, lojistas e fornecedores ao longo de todo o processo de relicitação.”

 

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