Governo peruano declara que “o investimento no satélite foi recuperado depois do primeiro ano de operação”

O PerúSAT-1 completou o seu primeiro ano de operação e o governo peruano declarou recentemente que, nesse período, o investimento que fez no programa do satélite já foi recuperado.

O satélite de observação da Terra, que foi construído pela Airbus em um tempo recorde de apenas dois anos, adquiriu mais de 71 mil imagens, que foram fornecidas para mais de 80 organizações em todo o Peru. Especialistas peruanos do Centro Nacional de Operações de Imagens de Satélite (CNOIS) localizado em Pucusana, perto de Lima, controlam o satélite desde que foi transferido pela Airbus em 7 de dezembro de 2016. O PerúSAT-1 é o satélite mais avançado da região.

O sistema satelital de observação da Terra PerúSAT-1 fornece imagens de alta resolução para múltiplas aplicações como segurança e defesa, agricultura, mineração, desmatamento ilegal, prevenção de riscos, mapeamento, planejamento urbano, uso do solo, zoneamento econômico ecológico, combate ao tráfico de drogas, entre outras.

O sistema conta com um satélite de última geração com resolução sub-métrica óptica de 70 centimetros e uma vida útil de projeto de 10 anos. Ele inclui também a construção do CNOIS como o Centro de Controle de Satélites e de processamento e gestão das imagens adquiridas. Além disso, ele engloba um programa de transferência de tecnologia e preparação de treinamento abrangente para a equipe que opera o satélite hoje.

O PerúSAT-1 incorpora tecnologias que unem disponibilidade e desempenho. Foi projetado para realizar diversas missões de observação da Terra para monitorar e gerenciar melhor o meio ambiente. Todas essas tecnologias são empregadas para atender às necessidades do Peru. Assim, o sistema satelital fornece ao país uma capacidade soberana e desempenha um papel fundamental na entrega dos benefícios do espaço aos seus cidadãos.

A Agência Espacial Peruana (CONIDA) vem colaborando e trabalhando em coordenação com muitas instituições estaduais que recebem imagens do satélite e desenvolvem produtos que beneficiam a vida cotidiana das pessoas. Entre as atividades atuais estão:

– Procuradoria Geral: detecção de irregularidades em obras públicas
– Polícia Nacional do Peru: inteligência no combate ao tráfico de drogas e identificação de propriedade
– Município do Distrito de Vitor: avaliação e análise de deslizamentos de terra frequentes na bacia do Vitor
– Região de San Martín: geração de mapas para rastrear o desmatamento
– Instituto Nacional de Defesa Civil (INDECI): colaboração estratégica na resposta a desastres naturais por meio de produtos e imagens de zonas afetadas
– Instituto Geográfico Nacional (IGN): geração da cartografia nacional em escala 1:25.000, reduzindo o custo do projeto
– Instituto de Geologia, Mineração e Metalurgia (INGEMMET): monitoramento de deslizamento de terra e vulcões
– Superintendência Nacional de Ativos do Estado (SBN): colaboração estratégica para monitoramento e proteção de ativos nacionais
– Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (UNDP): elaboração de um banco de dados de imagens de satélite, reconhecimento aéreo e dados de campo para uma avaliação pós-desastre em Lima e Callao depois de terremotos
– Exploração das montanhas e das selvas: suporte estratégico na elaboração de produtos de agricultura de precisão
– Universidade Nacional de San Marcos Mayor (UNSMM): geração de uma base de dados de assinaturas espectrais
– CEVAN, PNP, OEFA: desenvolvimento de capacidade no uso e processamento de imagens de satélite

O satélite PerúSAT-1 construído pela Airbus é o primeiro de seu tipo a ser entregue em um tempo recorde. Levou menos de dois anos desde a encomenda até a entrega. Com base na plataforma AstroBus-S utilizada na nova geração de satélites de alto desempenho, ele é projetado para uma vida de 10 anos.

PerúSAT-1 em números:
– 70 cm de Resolução
– 10 anos de vida
– Levou apenas 2 anos para construir (um recorde)
– 71.000 imagens no primeiro ano de operação
– Imagens feitas de 15 milhões de km2 da superfície terrestre
– 14 meses em órbita, mais de 6.300 revoluções em torno do planeta
– Imagens utilizadas por mais de 80 organizações peruanas para mais de 20 aplicações

 

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