O governo da Rússia está alocando 23,4 bilhões de rublos (US$ 317 milhões) às companhias aéreas do país para fornecer apoio financeiro à medida que a crise do coronavírus começa a afetar substancialmente suas operações.
A Rosaviatsia disse que o apoio estatal “garantirá a continuação das atividades das companhias aéreas russas” e se destina a pagar os custos das transportadoras envolvidas no transporte comercial entre fevereiro e julho de 2020.
O subsídio permitirá às companhias aéreas pagar os salários das equipes de aviação e contribuir parcialmente para pagamentos de leasing e taxas de estacionamento no aeroporto.
As companhias aéreas russas que recebem o suporte devem continuar as operações de transporte de passageiros e manter uma contagem de funcionários em pelo menos 90% do nível encontrado em 1º de janeiro.
O tráfego de passageiros nas companhias aéreas russas caiu 93% em abril, em reflexo à restrição de viagens colocada pelo o país para evitar a disseminação de COVID-19, que no momento é o 2º com maior número de casos de coronavírus no mundo.
Os números de passageiros da Aeroflot, Rossiya e Ural Airlines caíram 92 a 95%, enquanto os números do Utair e do S7 Group caíram 89% e 79%, respectivamente, segundo dados preliminares da Rosaviatsia, reguladora federal de transporte aéreo.
A diferença entre o tráfego aéreo mostra um pouco como cada companhia opera, e o foco de mercado das mesmas. No caso da Utair e da S7, o foco das duas empresas é nos voos domésticos, que não tiveram tantas restrições impostas pelo governo russo.
O impacto da crise começou a aparecer nos resultados financeiros
Os números do primeiro trimestre da Aeroflot, publicados de acordo com os padrões contábeis locais, revelam um prejuízo líquido de 16,1 bilhões de rublos, quase o mesmo nível do ano anterior, mas a companhia aérea ressalta que o prejuízo do ano passado já era “extraordinariamente alto” como resultado de custos de combustível.
A companhia é uma das poucas que divulga o resultado financeiro com regularidade.
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