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Gulfstream de guerra eletrônica da Força Aérea dos EUA voa pela primeira vez

A companhia norte-americana L3Harris anunciou na quarta-feira (06) que o novo avião de guerra eletrônica (EW) da Força Aérea dos EUA, o EC-37B Compass Call, fez seu primeiro voo. A aeronave é baseada no jato executivo Gulfstream G550 e será usada para substituir os EC-130H também chamados de Compass Call. 

A L3Harris, que também foi contratada para modernizar os sistemas de EW dos clássicos B-52, lidera os trabalhos de integração dos sistemas no G550, apoiando os esforços iniciais de modificação nas instalações da Gulfstream onde ocorreu o primeiro voo da nova aeronave. Os equipamentos de guerra eletrônica serão retirados dos EC-130H e instalados no EC-37B e a primeira unidade deve ser entregue para a USAF em dezembro de 2022. 

Segundo a empresa, o G550 aumentou a velocidade, resistência e alcance estendido de stand-off em relação à aeronave EC-130H, proporcionando capacidade de sobrevivência significativamente aprimorada. O sistema apresenta arquitetura de sistema aberto modular, permitindo a integração rápida de novas tecnologias e reduz o custo geral de atualizações futuras. Seu tamanho, peso e potência permitem que os clientes adicionem novos recursos para as necessidades de missão em evolução.

Em 2017, a USAF e a L3Harris fecharam o acordo para o início dos trabalhos. Os novos EC-37 são os substitutos dos EC-130H, cuja missão é interromper e/ou interferir as comunicações inimigas, radares e outros emissores de sinais eletrônicos, tanto em apoio às operações aéreas como terrestres. Através da sua capacidade de localizar e rastrear sinais, esta versão do cargueiro Hércules também possui uma capacidade limitada de obter dados de inteligência sobre as posições e movimentos do inimigo. 

Um EC-130H Compassa Call durante uma missão no Kuwait em 2017. Ao fundo, um Ec-130J Commando Solo de guerra psicológica. Foto: Tech. Sgt. Jonathan Hehnly/USAF.

“O sistema de armas apoia a supressão das defesas aéreas inimigas, evitando a transmissão de informações essenciais entre os adversários, seus sistemas de armas e redes de controle”, diz a BAE Systems, que produz os equipamentos de guerra eletrônica usados nas aeronaves. 

Apesar de ser um importante ativo da frota da USAF, os EC-130H já mostram sinais da idade e por isso serão substituídos pelos G550 mais modernos. O site Breaking Defense afirma que, de acordo com os documentos orçamentários, foram adquiridos seis G550. As primeiras cinco aeronaves serão equipadas com equipamento de missão “linha de base 3” que mistura sistemas do  antigo EC-130H com novas tecnologias. O sexto EC-37B receberá o equipamento de “linha de base 4”, que introduzirá uma arquitetura de sistemas abertos que permitirá que novas cargas úteis de EW se conectem à aeronave quando necessário.

Projeção artística do novo EC-37B com o EC-130H ao fundo.

O novo EC-37B toma com base o G550 CAEW (Conformal Airborne Early Warning), de controle e alerta antecipado desenvolvido pela IAI. O modelo está em serviço na Itália, Singapura e Israel e carrega o sistema de radar AESA Elta EL/W-2085. 

“A iniciativa de cross-deck da Força Aérea garante que ela possa continuar sua missão crítica de guerra eletrônica por muitos anos”, disse Luke Savoie , presidente de Serviços de Aviação da L3Harris. “Nossa colaboração com os companheiros de equipe BAE e Gulfstream permitirá à Força Aérea ultrapassar seus adversários e combater as tecnologias emergentes.”

O programa Compass Call da Força Aérea está em operação há 40 anos. A frota EC-130H é a mais longa aeronave da Força Aérea desdobrada continuamente na Guerra Global ao Terror, servindo como uma plataforma EW chave desde 2002, afirma a L3. 

 

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Gabriel Centeno

Autor: Gabriel Centeno

Estudante de Jornalismo na UFRGS, spotter e entusiasta de aviação militar.

Categorias: Militar, Notícias

Tags: C-130, Guerra Eletrônica, Gulfstream G550, L3Harris, T, usaexport, USAF