E como todos sabem, eu sempre gosto um pouco de puxar para a parte Aeroespacial por aqui, e o que falar do que hoje podemos dizer que foi a maior conquista do homem em termos de ciência e tecnologia. Oxi? Mas tecnologia? Com aqueles computadores mais lentos que uma calculadora?
Sim, é exatamente isso que pode ser a maior ênfase e o que é utilizado dentro da NASA até hoje, podemos sim fazer ampla exploração tecnológica utilizando recursos que a nossos olhos, 46 anos a frente em tecnologia seria quase impossível na época mas não foi bem o que aconteceu. A Guerra Fria aos meu ver foi um amplo período de evolução de tecnologia (bem mais lento que hoje), porém de intenso uso dos recursos disponíveis, é estonteante o que o computador da Apolo 11, com processador de 1mhz, memória de corda e 2kb de ram fazia para levar o homem para fora do planeta, cálculos que hoje, 46 anos depois, eu identifico como ultra complicados na época já era algo comum de se fazer tudo por um só objetivo, explorar além da terra.
O que dizer da Saturn V, muito maior do que qualquer foguete a qual produzimos hoje, carregando 2,97 milhões de kg , com uma altura de 110 metros, o tamanho equivalente a um prédio de 36 andares de hoje, fabricado pela Boeing, North American e Douglas. E o melhor, ele tinha que funcionar de primeira, não podia falhar na missão, cada estágio tinha que queimar controladamente e se separar na hora certa, na altitude e tempo certos.
Mas talvez você pergunte o porque de tanto gasto para isso tudo, o maior de todos os avanços se refletiu não mais na Lua, mas na Terra. Pode parecer piada minha ou algo do tipo, mas para as condições da época o computador que ocupava a cabine da Apollo 11 e o módulo lunar era compacto e leve o suficiente para não acrescentar tanto peso a espaçonave, em visto de outros disponíveis na mesma época, além disso ele tinha que aguentar condições adversas de radiação e energia, o que classifica ele como mais leve ainda, pesando cerca de 32kg (pode rir a vontade com seu smartphone na mão).
A questão não é essa, assim como descrito nesse post feito por mim aqui na Aeroflap, toda a tecnologia em solo, na aeronave ajudaram a miniaturizar e a melhorar o desempenho dos então computadores pessoais que eram uma negação, surgindo assim na década de 70 várias versões de computadores com telas e que eram bem mais úteis ao uso humano do que meras calculadoras de mesa. E a ideia de utilizar tela foi incorporada direto do centro de controle da NASA em Houston (“Houston, we have a problem!” Não lembram disso?) na década de 60, oferecendo parâmetros de desempenho da aeronave direto na tela, assim como é mostrado em um FMC de um Boeing.
Logo mais foi lançado alguns processadores da Intel, o 4004 (e cópias da AMD) que ao invés de ser um circuito integrado era um microprocessador fabricado em silício, alinhando assim com o utilizado na missão e diminuindo drasticamente os enormes caixotes que eram os computadores até então, foi dado ênfase nessa nova fase a uma interface gráfica onde o usuário poderia interagir com as informações que o computador disponibilizava.
Deixamos abaixo algumas imagens da missão e fotos da Saturn V.