Em dois dias, a companhia civil Draken fechou dois contratos para aquisição de caças F-16 usados pela Holanda e Noruega. As duas forças estão se desfazendo de 12 aeronaves cada, substituindo-os por caças stealth F-35A Lightning II.
Ainda em junho a Holanda anunciou que seus F-16A/B MLU seriam vendidos à Draken. No entanto, o contrato só foi assinado na terça-feira (01). “Não há dúvida de que a aquisição dessas aeronaves F-16 terá impactos duradouros em todo o mundo”, disse Joe Ford, CEO da Draken.
“A adição desses F16 aprimora a frota já altamente capaz da Draken e garantirá que continuaremos a oferecer a todos os nossos parceiros um nível superior de treinamento”, disse Bill Tart, COO da Draken.
Um dia depois da assinatura com o Governo Holandês, a Draken anunciou a compra de 12 caças F-16A/B MLU usados da Força Aérea Norueguesa. Em outubro, o Ministério da Defesa Norueguês revelou que, a partir de 2022, o F-35 será o único vetor de caça do país.
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Um porta-voz da pasta confirmou que os F-16 estariam prontos para a venda antes do Natal. Também foi sugerido, na época, que os aviões poderiam ser vendidos para uma empresa civil, algo que se concretizou nesta quarta-feira (02).
“Estamos entusiasmados por ter construído um relacionamento excelente e duradouro com o povo da Noruega”, disse Bill Tart. Já Ford afirma que “a inclusão dos F-16 na frota da Draken é transformadora.”
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Os dois negócios, cujos valores não foram revelados pela empresa, também incluem materiais e equipamentos de suporte e manutenção.
F-16 serão usados em Treinamento de Combate Aéreo
Com a assinatura dos contratos, a Draken International se torna a segunda empresa privada a operar jatos F-16 Fighting Falcon na América do Norte. Em janeiro deste ano, a companhia canadense Top Aces recebeu caças F-16 usados de Israel.
A Draken é uma das empresas mais reconhecidas no ramo de serviços aggressor/adversary. As companhias deste mercado atuam no treinamento de combates aéreos, fazendo o papel do inimigo e servindo de alvo simulado para aviadores de forças aéreas governamentais.
Dessa forma, os Estados economizam ao contratar as horas de voo das empresas, sem precisar pagar para manter os aviões.
Todavia, apesar de ter contratos com diversas empresas deste setor – incluindo a própria Draken – os Estados Unidos ainda mantém os chamados Esquadrões Aggressor na sua Força Aérea e Marinha (nesta última são chamados de adversary).
Atualmente a Draken possui uma frota de aeronaves A-4 Skyhawk, L-159 ALCA, MB-339, Dassault Falcon e Mirage F-1, um dos quais foi perdido em um acidente fatal em maio deste ano.
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