IATA diz que passagens aéreas podem ficar até 54% mais caras

Boeing 737 MAX GOL
Foto: Pedro Viana/Aeroflap

Uma nova previsão da IATA (Associação Internacional do Transporte Aéreo) aponta que no futuro viajar deve ficar mais caro, cerca de 43% a 54% a mais em comparação com o valor que as companhias cobravam antes da crise.

De acordo com a IATA, há dois fatores que podem aumentar o preço das passagens aéreas nos próximos meses.

O primeiro é se alguns países exigirem a restrição de passageiros a bordo, para aumentar o distanciamento social. Com somente 60% dos assentos disponíveis no avião, a companhia obviamente deve aumentar o valor da passagem para conseguir “fechar os custos do voo”.

A IATA já declarou antes que não apoia a imposição de medidas de distanciamento social que deixariam assentos vazios entre passageiros, mas recomendou o uso de máscaras.

O segundo ponto que pode aumentar o valor das passagens é a baixa demanda. Se mesmo diminuindo o valor das passagens não há demanda disponível, e a oferta é a mesma ou menor, a companhia pode aumentar para compensar o custo de operar o voo. Isso pode ser mais comum em mercados conservadores.

Dentro disto também é possível incluir outros pontos, como o aumento dos custos operacionais, visto que as companhias aéreas precisarão implementar medidas extras durante o check-in, embarque, na limpeza do interior das aeronaves, e até mesmo nos serviços de bordo.

Em algumas dessas medidas, para não dobrar ou triplicar o tempo de embarque e desembarque, a companhia aérea precisará aumentar a quantidade de funcionários na linha de frente.

De acordo com a IATA, o mercado da América Latina precisa de pelo menos 79% de ocupação dos voos, já com a oferta reduzida, para atingir o coeficiente de equilíbrio, para cobrir esses custos extras. Mesmo assim o custo médio de uma passagem deve sair de  US$ 146 antes da pandemia, para US$ 219 pelo menos nos próximos 18 meses.

Nos mercados da Ásia-Pacífico, África e Oriente Médio essa situação pode ser ainda mais acentuada, pela maior presença de companhias aéreas que dependem de voos internacionais.

 

 

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