A situação dos Rafales entre a Dassault e o governo indiano parece estar ficando mais tensa.

Segundo informações veiculadas pelo Business Standard, o preço de 36 aeronaves compradas pelo governo NDA em 2016 foi 40% maior do que a Dassault inicialmente ofereceu para 126 Rafales em 2012.

Enquanto a Dassault oferecia a cada aeronave 155 milhões de euros em 2012, durante a licitação de aviões de combate de múltiplos papéis (MMRCA), o preço final pago pelo governo Modi como parte de seu acordo intergovernamental com a França foi de 217 milhões de euros por aeronave em 2016.

A Dassault supostamente se ofereceu para vender 126 aeronaves ao governo por um total de 19,5 bilhões de euros em 2012. Isso inclui o custo de todas as aeronaves, transferência de tecnologia, aprimoramentos específicos da Índia, armas, peças de reposição e garantias de manutenção. A cotação média foi de cerca de 155 milhões de euros por aeronave.

De acordo com a oferta feita durante a licitação do MMRCA, 18 Rafales seriam totalmente construídos na França e os 108 remanescentes seriam construídos pela Hindustan Aeronautics Limited (HAL) na Índia a partir de kits fornecidos pela Dassault, Thales e SNECA. O preço de 217 milhões de euros também foi calculado nos custos de mão-de-obra da HAL.

Em comparação, o governo de NDA comprou 36 aeronaves Rafale prontas para voar por 7,8 bilhões de euros em 2016. Com base nisso, pode-se supor que cada aeronave teve um custo de 217 milhões de euros – 40% maior do que a cotação de 2012 da Dassault. De acordo com o relatório. A taxas de câmbio de 2016, isso significa quase 1.600 crore por aeronave.

Significativamente, o novo acordo excluiu a HAL e deu o contrato de compensação (no valor de Rs 30.000 crore e um contrato de ciclo de vida de 1 lakh crore) à Reliance Defense Limited – uma subsidiária da Anil Ambani Reliance India Limited – que foi formada apenas dez dias antes de assinar o novo acordo.

O governo da NDA, incluindo a ministra da Defesa, Nirmala Sitharaman, e o ministro das Finanças, Arun Jaitley, declararam publicamente que o acordo de 2016 para aeronaves custaria de 9 a 20% a menos “por aeronave” do que o de 2012. Eles argumentam que os custos adicionais incluíam a compra de armas, peças de reposição e garantias de manutenção.

Não é de hoje que a fabricante francesa tenta vender o Rafale, mas tem dificuldades em fechar acordo em vendê-los, tendo várias respostas negativas em relação a aeronave francesa, um exemplo próximo foi nosso FX-2 no qual o caça francês estava na disputa final com o Gripen NG e o Boeing F/A-18 Super Hornet. Em certo momento o Rafale estava sendo cogitado como o preferido, mas a decisão final foi para o sueco Saab Gripen NG.